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Passageiros de voo de companhia africana discriminados na recolha de bagagens para favorecer passageiros de companhia europeia no aeroporto de Luanda

Os passageiros do voo da Royal Air Maroc que aterrou na segunda-feira, 21, de manhã, em Luanda, queixam-se de terem sido obrigados a esperar várias horas quando já retiravam as bagagens, porque a Ghassist decidiu priorizar um voo da Lufthansa, proveniente de Frankfurt, na Alemanha, que chegou bastante depois, falando mesmo em discriminação sem justificação.

Quando os passageiros provenientes de Casablanca, Marrocos, já retiravam as bagagens do tapete rolante há mais de 10 minutos a recolha foi abruptamente interrompida para dar prioridade às bagagens do voo da alemã Lufhtansa, proveniente de Frankfurt.

Isso, obrigou aqueles que esperavam pelas malas do voo da Royal Air Maroc a aguardar que todas as bagagens do voo proveniente do país europeu fossem retiradas para retomar a distribuição do voo da companhia africana.

Mais de 100 passageiros provenientes de Casablanca, Reino do Marrocos, que esta segunda-feira,21, chegaram a Luanda, queixam-se de ter ficado mais de duas horas à espera das suas bagagens, no Aeroporto Internacional 4 de Faveiro, depois das mesmas já terem começado a ser entregues, tudo porque os funcionários da empresa Ghassit, responsável pela descarga das mercadorias, suspenderam a descarga para dar prioridade ao voo da Lufthansa, que terá chegado Angola mais de uma hora depois do voo africano, soube à imprensa.

A TAAG demarca-se de qualquer responsabilidade a respeito e aponta a empresa Ghassit como responsável, porque é esta que é responsável pelo carregamento e descarga das mercadorias no aeroporto. Os passageiros falam em discriminação sem qualquer justificação, exceptos uns passageiros , os prejudicados, estarem a chegar de um país africano, e os outros, os beneficiados, serem provenientes da Europa.

No Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro à imprensa contactou a Ghassit, mas os funcionários da administração desta empresa não aceitaram pronunciar-se por falta de orientação superior.

Uma funcionária da empresa, que não aceitou ser identificada, desdramatizou a situação considerando normal esse procedimento no sector da aviação, facto que as pessoas viajadas negam.

Entretanto, os passageiros do voo da Royal Air Maroc, provenientes de Casablanca, descreveram ao Novo Jornal o cenário frustrante por que passaram esta segunda-feira no aeroporto de Luanda, especialmente porque a discriminação ocorreu mesmo à frente dos seus olhos sem que fosse perceptível qualquer justificação plausível.

Segundo os visados, cerca de 20 malas do voo da Royal Air Maroc foram postas no tapete rolante e entregues aos proprietários, quando, de repente, a Ghassit interrompeu a descarga para dar prioridade ao voo da companhia Lufthansa, da Alemanha, que chegou mais de uma hora depois.

Só depois de todas as malas do voo de Frankfurt terem sido recolhidas do tapete é que começaram a chegar de novo as do voo de Casablanca.

“Do nada deixaram de tirar as nossas bagagens e começaram tirar as do voo da Lufthansa e tivemos de esperar mais de duas horas. Como isso é possível? Se nós chegamos primeiro, por que razão é que o voo que chegou da Europa foi priorizado?”, questionam dois passageiros que viveram esta situação.

E questionam: “Foi porque viemos numa companhia africana que fomos discriminados? OU foi porque os passageiros do nosso voo tinham muitos volumes envoltos em plástico, que poderiam ferir a sensibilidade estética dos europeus”.

Sobre a reclamação destes passageiros, à imprensa contactou também a TAAG para alguns esclarecimentos, mas esta companhia demarca-se de qualquer responsabilidade a respeito, e apontou a obrigação à empresa Ghassist.

Contactada a Ghassist, no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, funcionários da administração não se mostraram disponíveis por falta de autorização superior.

Mas, no entanto, uma funcionária da empresa, que não aceitou ser identificada, desdramatizou a situação considerando normal esse procedimento no sector da aviação, facto que muitos passageiros e outras pessoas muito viajam pelo mundo, negam.

Fonte: NJ

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