Sábado, Julho 27, 2024
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Mulher põe fim à vida conjugal por ver pele de jibóia na cama

Uma jovem, cujo nome preferimos ocultar, decidiu pôr fim à relação, menos de 24 horas depois da cerimónia de pedido, por ter descoberto uma grande pele seca de jibóia debaixo do colchão novo que seria partilhado com o marido, na moradia onde o parceiro já vivia quando solteiro, num bairro social da província de Luanda.

A jovem decidiu abandonar a moradia por não ter sido convencida pelo parceiro, que ficou a divagar e sem nada explicar com substância, quando lhe foi reiteradamente perguntado se a presença da pele de jibóia debaixo do colchão se devia ou não a um ritual tradicional.
A rapariga regressou a casa da mãe com apenas algumas peças de roupa, na esperança de que a sua família, depois de estar informada, fosse à busca das malas que levou para a casa onde iria viver com o homem com quem trocou, horas antes, juras de amor, na bem sucedida cerimónia de pedido de noivado e casamento.
A rapariga, órfã de pai, não encontrou a solidariedade maternal quando contou à mãe a decisão que tomou e não quer admitir, como defende a progenitora, a realização de um encontro entre as duas famílias.
A mãe da jovem diz que o problema que deu origem à decisão de separação deve ser discutido entre as duas famílias para que os familiares do rapaz não fiquem com a impressão de que está a favor da filha, a quem tem pedido para mudar de opinião, para não manchar “o bom nome da família”.
A opinião da mãe sobre a decisão da filha carrega uma história familiar, baseada no facto de a filha mais nova ter decidido, há anos, pôr fim ao noivado, supostamente por ter ficado traumatizada, depois de ter sido vítima de um rapto relâmpago e de assalto na via pública, na província de Luanda.
As duas histórias familiares foram contadas, há dias, por um primo do pai das jovens, que decidiu falar ao Jornal de Angola na condição de anonimato, por não estar autorizado pela família.
A segunda sobrinha, funcionária de uma empresa pública sediada na Baixa de Luanda, foi raptada, nas imediações do bairro Talatona, por um indivíduo que conduzia um Toyota Prado de cor preta e de “vidros fumados”. 
A jovem, que faz da venda de telemóveis de origem chinesa a sua segunda fonte de rendimento, aceitou, quando estava numa paragem de táxi, a boleia oferecida pelo motorista do Toyota Prado, depois de ter ido à busca de aparelhos à casa do seu fornecedor, uma senhora que traz da China produtos diversos para revender na província de Luanda.
Na breve conversa que manteve com o motorista, já no interior do carro, a jovem disse, entre outras coisas, que vendia regulamente telemóveis e que tinha em sua posse alguns aparelhos. O motorista manifestou interesse em comprar três, para igual número de filhas, e, para iludir ainda mais a jovem, simulou a realização de uma chamada para um suposto amigo, para saber se estava interessado em adquirir também telemóveis.
O simulado telefonema serviu para a mudança de trajecto, um propósito alcançado pelo motorista, depois de ter dito à jovem que o suposto amigo, como vivia próximo do local onde a viatura ainda se encontrava, queria ver a qualidade dos aparelhos para tomar uma decisão de compra.
Quando se fez a mudança de direcção, o motorista anunciou o assalto, pedindo ostensivamente, com recurso a uma arma de fogo, que a jovem entregasse o saco onde estavam vários telemóveis e que tirasse a roupa, com excepção da roupa interior, pedido obedecido rapidamente pela vítima, que foi levada até à comuna da Cabala, no município de Icolo e Bengo, onde foi abandonada num lugar muito distante da estrada principal, que dá acesso à vila da Muxima, sede do município da Quiçama.
Uma camponesa que a encontrou ofereceu-lhe um pano e indicou o caminho para poder chegar à estrada principal, onde foi socorrida por um grupo de fiéis católicos, que saíam da vila da Muxima. Em casa, a jovem contou o sucedido à família e, no mesmo dia, apresentou uma queixa à Esquadra Policial mais próxima da sua moradia. Depois de alguns dias, a jovem pôs fim ao noivado, uma decisão que a família julga ser resultante do trauma que viveu, decorrente do rapto relâmpago e do assalto de que foi vítima na via pública.

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