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Responsável do ISCED-Uíge constituído arguido e sob investigação – Professores e funcionários manifestaram-se esta segunda-feira exigindo o seu afastamento

O presidente do Instituto Superior de Ciências da Educação do Uíge (ISCED-Uíge), Mona Mpanzu, foi, a semana passada, constituído arguido acusado de corrupção, abuso de poder, assédio sexual e associação criminosa.

Os professores e os funcionários da instituição manifestaram-se esta segunda-feira,07, e pedem o afastamento de toda a direcção do ISCED-Uíge, soube à imprensa.

O responsável está agora a ser investigado pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC-Uíge), porque existem fortes indícios de desvio de dinheiro da instituição.

Zacarias Fernando, o porta-voz do SIC na província do Uíge, confirmou à imprensa que foi de facto aberto o processo contra o actual presidente do ISCED-Uíge, Mona Mpanzu, e que o mesmo foi constituído arguido.

Fontes do corpo docente da instituição contaram à imprensa que este responsável tem praticado actos ilícitos na instituição e que as acusações são reais.

Um professor, que solicitou anonimato, denunciou que o responsável inseriu durante a fase de inscrições, o ano passado, muitos candidatos não qualificados e sem perfil para a instituição a troco de quantias monetárias.

Segundo relatos dos professores, o presidente aproveitava-se do cargo para ameaçar docentes e funcionários da instituição que o tentassem travar.

“Nem de conselhos ele gosta. Fazia da instituição sua propriedade e inclusive aterrorizava os estudantes e funcionários”, contaram.

Um funcionário da secretária do ISCED, que participou na manifestação que os próprios organizaram para exigiram o seu afastamento, contou que em 2022, na fase dos testes de admissão, o presidente fez ingressar muitos candidatos de forma fraudulenta.

“Eu tenho provas, disse e já as apresentei ao SIC o ano passado. Há muita coisa mal a correr na instituição com a gestão deste presidente”, explicou.

À imprensa sabe também que o ano passado houve várias denúncias de corrupção na instituição e de abuso de poder.

Uma ex-aluna da instituição, que mantinha uma relação amorosa com o presidente, após terminar a relação, viu o seu nome retirado do sistema e consequentemente afastada do ISCED”, contou um funcionário.

A estudante, prossegue o funcionário, denunciou na ocasião o acaso às autoridades e ninguém moveu uma palha para ajudá-la, porque supostamente o presidente gozava de influência no SIC local.

Face às acusações do corpo docente e dos funcionários, sobre a suposta gestão danosa, à imprensa soube que uma comissão do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI) trabalha desde o final do mês passado naquela instituição de ensino superior para investigar as suspeitas.

Entretanto, face ao escândalo de corrupção na instituição, o que está a preocupar a sociedade do Uíge, à imprensa soube que as matrículas no ISCED ainda não arrancaram, ao contrário da Universidade Kimpa Vita (UNIKIVI), cujas inscrições já tiveram inicio na semana passada.

Fonte: NJ

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