Sexta-feira, Julho 26, 2024
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Petróleo: Barril perde ligeiramente no arranque da semana mas resiste bem após semanas claramente acima da fasquia simbólica dos 80 USD

O sobe e desce do valor do crude nos mercados internacionais tem mantido, de forma persistente, uma relação directa com o desce e sobe do Kwanza face ao euro e ao dólar norte-americano, mas as já seis semanas – a ligeira descida esta segunda-feira, 07, em nada altera esta correlação – com o barril a manter-se acima, largamente, dos 80 USD tarda a manifestar-se, desta vez, na valorização da moeda nacional.

Sendo o petróleo a mais importante matéria-prima exportável por Angola, como o demonstra ser, ainda, responsável por mais de 90% do total das suas exportações anuais, a relação das suas flutuações nos mercados com o valor da moeda nacional face às grandes moedas estrangeiras é evidente e tem sido assim ao longo das últimas décadas.

Porém, com o euro a valer, segundo o site do Banco Nacional de Angola, esta segunda-feira, perto de 907 kwanzas, e o dólar dos EUA, cerca de 824 kz, desta feita, o facto de a matéria-prima estar em alta, tendo chegado a ultrapassar largamente os 86 USD na sexta-feira e hoje, perto das 11:50, hora de Luanda, estar nos 85,06 USD, isso não está a reflectir-se na prolongada deterioração da importância da moeda angolana, o que pode revelar problemas mais severos que o normal na, ainda, petrodependente economia nacional.

Mas as notícias para a equipa económica do Presidente João Lourenço são para gerar algum optimismo, porque a OPEP+, que agrega os países exportadores (OPEP) e alguns desalinhados, incluindo a Rússia, não parece estar para se mexer da posição de manter a produção curta face às necessidades globais – os sauditas acabam de anunciar a extensão do seu corte de 1 mbpd por mais um mês, para Setembro -, de forma a garantir que o barril permanece em valores elevados ao longo de, pelo menos, todo o ano de 2023.

Alias, sauditas e russos, os, de longe, grandes produtores do “cartel” e do mundo, a par dos EUA, não se têm poupado a esforços para dizer aos mercados que a sua aliança está para durar, apesar dos esforços dos EUA para a boicotar.

E é graças a este laço histórico entre Riade e Moscovo que o crude se tem alvorado sempre a crescer nas últimas seis semanas, tendo esta segunda-feira sido um dos raros dias em que o barril pareceu esmorecer ligeiramente, embora tenha começado a recuperar de uma perda de pouco mais de 0,90% ao final da manhã.

Manter-se nestes patamares depois de os EUA, a maior economia mundial ter perdido o seu rating máximo de novo, desta feita pela Fitch, de AAA para AA+, ou a quebra de viço surpreendente da economia da Alemanha, que foi mesmo ultrapassada em crescimento anual pela economia russa, um sinal de que o petróleo não vai deixar estes níveis tão depressa, como o demonstra as constantes subidas do valor dos combustíveis nos postos de abastecimento europeus, o que traz de novo à baila o pavor de Washington a Bruxelas por um novo possível revés no combate à inflação.

Fonte: NJ

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