O presidente do conselho de administração da Refriango, grupo angolano de origem portuguesa, Diogo Caldas, anunciou esta Quarta-feira, em Luanda, que a sua empresa vai avançar com a produção bebidas na República Democrática do Congo (RDC) a partir de Janeiro de 2025.
A operação na RDC, segundo informou, começou em 2023, estando a fábrica actualmente em construção e com previsão de iniciar a produção em Janeiro do próximo ano, num investimento de 75 milhões de dólares.
Segundo Diogo Caldas, que falava durante a visita do primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro.
“Este é um dos pilares do crescimento internacional da empresa. Este é um mercado com 100 milhões de pessoas. Então decidimos avançar com investimento para produção local de alguns produtos. A ideia será também manter a exportação”, adiantou.
O responsável realçou que a exportação “é uma alavanca relevante” para a Refriango, considerando a situação atual das divisas.
“É algo que temos de trabalhar e encontrar alternativas”, destacou.
Já o primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou, no final da visita, que incluiu também a Powergol, empresa que opera no sector de electricidade, energia e telecomunicações, a “confiança” na capacidade nacional, sublinhando a importância destes dois “exemplos magníficos” e do conhecimento nacional para alavancar a economia de Angola.
Este é também “um bom impulso para a capacidade internacionalização da economia portuguesa”, acrescentou, elogiando a capacidade técnica e empresarial nacional.
“É um exemplo “do que somos capazes”, afirmou sobre a Refriango, “um colosso industrial”, lembrando que o grupo nasceu em Portugal.
A Refriango, diz a Lusa, já investiu mais de 600 milhões de euros em Angola, empregando mais de 7.000 pessoas, sendo cerca de 160 expatriados de nacionalidade portuguesa, e exporta para diversos mercados regionais, como a RDC, Namíbia, África do Sul, Guiné-Conacri, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde.
Fonte: Forbes