O MPLA “chumbou” nesta quinta-feira, 15, um requerimento da UNITA que pedia um debate na Assembleia Nacional sobre a greve dos professores do ensino geral, que está prejudicar o calendário do ano escolar.
Com 84 votos a favor da UNITA, 114 contra do MPLA e duas abstenções do PRS e da FNLA, o requerimento não passou.
Ao recusar o debate, o MPLA argumentou que durante a reunião dos líderes dos Grupos Parlamentares o assunto não foi agendado.
Para a UNITA, as constantes greves no ensino geral prejudicam a qualidade da formação de quadros, e, por esta razão, a questão deveria ser debatida na Assembleia Nacional.
“O debate ajudaria na construção de consensos para uma solução que satisfaça os interesses da classe e os objectivos estratégicos da educação no País”, disse o líder do Grupo Parlamentar da UNITA, Liberty Chyaka, destacando que os professores em greve estão a sofrer ameaças.
“Há falta de diálogo e incapacidade do próprio Governo na resolução das greves que acontecem em todos os sectores”, referiu, salientando que as paralisações estão a retirar a qualidade dos serviços praticados nos diversos sectores.
Liberty Chyaka lembrou que os professores vêm travando uma batalha com o Executivo desde 2019 para a materialização de reivindicações como redução do Imposto de Rendimento do Trabalho (IRT) sobre o salário, a actualização do estatuto remuneratório dos agentes da educação, pagamento do subsídio de isolamento e merenda escolar para os estudantes, entre outras exigências.
Fonte: NJ