Completa esta quarta-feira, 23, dois anos sobre o dia em que o lote 1 do Prenda, no distrito da Maianga, em Luanda, foi evacuado e o seu estado considerado grave para os moradores permanecerem no edifício. Até agora, as 41 famílias que foram desalojadas continuam entregues à sua sorte, ou seja, nunca foram realojados, depois da sua recusa de irem viver para o projecto Mayé-Mayé, apurou o Novo Jornal.
Na passada quinta-feira,17, o GPL, através da administração municipal da Maianga, notificou-os para retirarem os seus pertences do prédio, alegando que será demolido em Maio.
A comissão de moradores do edifício 1 do Prenda disse que não ficaram surpreendidos com a notificação para retiraram os seus pertences, dois anos depois da evacuação do edifício.
Segundo a comissão de moradores, continuam à espera de realojamento e não percebem porque é que vão demolir o edifício sem antes realojarem os moradores, daí não retirarem os pertences que continuam nos apartamentos fechados.
Segundo esta comissão, os moradores não retiraram os seus pertences porque não têm onde colocar as coisas.
Segundo a comissão de moradores, o aviso da administração municipal da Maianga foi feito de forma verbal, e não formalmente.
“Não fomos notificados, apenas fomos avisados que temos de desocupar o edifício”, afirmam.
Conforme os moradores, estão exactamente como quando saíram do prédio, evacuado a 23 de Abril de 2023, após tremer a estrutura do edifício.
De acordo com o Laboratório de Engenharia de Angola (LEA), o estado do edifício é considerado grave e os 12 pilares que sustentam o prédio de quatro andares já estão fracturados.
Em Agosto de 2023, o Presidente da República, João Lourenço, ordenou a abertura de vários procedimentos de contratação emergencial e autorizou o ministro das Obras públicas, Urbanismo e Habitação a aprovar todas as peças do procedimento e a celebrar os respectivos contratos, como noticiou à imprensa em Outubro de 2023.
Sendo assim, o lote 1 do Prenda vai ser demolido para dar lugar a um novo edifício. O Governo vai gastar 1,2 milhões USD para o deitar abaixo e mais de 20 milhões USD para o reerguer.
Fonte: NJ
