O Instituto Nacional de Fomento da Sociedade de Informação (INFOSI) vai vender às empresas nacionais privadas os direitos de comercialização do domínio “.ao”, como revendedores oficiais autorizados, informou, ontem, o director da instituição, André Pedro.
Para o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, a cedência de tal autorização vai permitir às empresas estarem bem protegidas contra os ataques cibernéticos, que actualmente são um grande desafio e preocupação para a sociedade, em particular a classe empresarial.
Mário Oliveira explicou que os domínios são a identidade dos países e organizações no espaço cibernético, portanto, considerados bandeiras de um determinado país. “A gestão correcta deste mecanismo representa a defesa do país e das organizações nacionais no mundo da Internet”.
O MINTTICS, continuou, é a entidade que tem a responsabilidade do domínio “.ao”. O ccTLD, esclareceu, é a fonte autoritária de cada país para a emissão e gestão dos endereços nacionais na Internet. Através da operação “ccTLD”, explicou, é possível representar a identidade de Angola no espaço cibernético.
O ministro disse que a utilização de domínios de topo é essencial para qualquer negócio ou empresa que deseja aumentar o alcance, visibilidade e presença online. “Eles permitem criar um nome único, alcançar o público alvo, aumentar a visibilidade, além de um maior controlo sobre o site de cada empresa ou instituição”, destacou.
A utilização do domínio “.ao”, continuam, por parte das empresas e instituições nacionais é extremamente benéfica, recomendada e por meio destes, a maioria das organizações e das empresas vai poder contribuir para a melhoria do ambiente de negócios no país.
Ganhos da gestão em tempo real
Mário Oliveira assegurou que com a apresentação de uma nova página para a gestão do domínio “.ao” em tempo real e novas funcionalidades vai ser possível contribuir para maior divulgação e relevância dos conteúdos da geografia angolana, nos motores de busca internacionais como a Google. “Além disso, vai facilitar na identificação das empresas e organizações nacionais, a nível internacional, durante a utilização do espaço cibernético”.
O ministro disse ainda que a abertura de um ccTLD tende a dar mais oportunidades para um país no mercado digital, por permitir o surgimento de novas competências digitais, ideias e negócios.
Em Angola, avançou, há um número crescente de jovens criadores e iniciantes a entrar no mercado de trabalho, sendo a Internet um espaço fértil e generoso para a criação de negócios a baixo custo e com alcance mundial.
Entre as vantagens da nova ferramenta, disse, há a realçar a transferência, cancelamento e a realização de pagamentos pelos grupos de serviços contratados.
Passos significativos
Em 2019, referiu, o MINTTICS deu um passo significativo na expansão do sector de registos de domínios em Angola, com a criação do DNS .ao, página oficial do TLD .AO e a loja domínios .ao.
De acordo com o ministro, a criação desse sistema, com o patrocínio do MINTTICS, permitiu acelerar a adopção de domínios, por parte das entidades e empresas nacionais. “Queremos que o mercado siga crescendo, de forma harmoniosa e saudável, uma vez que o MINTTICS vai continuar a assumir o papel de supervisor do Instituto Nacional de Fomento da Sociedade de Informação”, garantiu.
Mário Oliveira avançou que o Instituto Nacional de Fomento da Sociedade de Informação tem registados, até hoje, um total de 6.000 domínios, um passo significativo em relação aos 400 existentes em 2018.
Fonte: JA