Educação, saúde, energia e águas, vias de comunicações telecomunicações dominam o discurso crítico dos moradores do município de Massango, em Malanje. Munícipes ressaltam a implementação de alguns programas de investimentos públicos, mas afirmam que esses têm sido executados a um volume e ritmo que não satisfazem os anseios da grande maioria da população.
Um município onde falta quase tudo. É assim que os moradores do Massango descrevem as condições sociais deploráveis com que se deparam nessa parcela do território nacional. É um cenário de carências de serviços públicos. Aqui não há, sequer, sinal da Rádio Nacional de Angola (RNA), tampouco da Televisão Pública de Angola (TPA), asseguram os moradores à reportagem da imprensa.
Os sectores da Educação, Saúde, Energia e Águas, vias de comunicações, telecomunicações e banca são os mais visados nas críticas. No terreno, há vestígios de iniciativas do Governo local que visam combater o atraso imposto pelos 21 anos de conflito armado a esta parcela do território nacional, um dos 14 municípios que conformam a província de Malanje.
Projectos inseridos nos programas de investimentos públicos, como o Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), foram lançados pelo Governo Provincial local, mas os munícipes dizem-se agastados com a lentidão na observação dos frutos destes investimentos.
Rodrigues Luís Bento, 36 anos, residente em Massango há 10 anos, disse que poucos são os avanços para garantir o bem-estar dos nativos do município, bem como das pessoas que procuram pela localidade para actividades diversas.
“Ainda não há boa coisa em termos de melhorias, mas o Governo está a trabalhar e, pouco a pouco, pode mudar as coisas para a visibilidade do nosso município”, refere Rodrigues, apontando para a necessidade urgente de recuperação de troços da Estrada Nacional 140, de vias secundárias e terciárias.
Fonte: NJ