A Odebrecht ganhou mais uma obra em Cabinda. Para além da refinaria, que continua em construção, e do aeroporto internacional, também a ser construído na província, a empresa brasileira, através de um consórcio (OECI S.A. & CNO S.A. -Sucursal de Angola) vai levar energia a Cabinda através de cabos submarinos, depois de ganhar um concurso limitado por prévia qualificação, cujo valor ascende aos 850 milhões de dólares.
O Presidente da República acaba de aprovar o relatório final do concurso limitado por prévia qualificação para o projecto de concepção e construção da empreitada de fornecimento de energia eléctrica para Cabinda a partir do Soyo, através de cabos submarinos de alta tensão.
Diz o despacho assinado por João Lourenço que “Cabinda não está ligada à rede de transporte eléctrica principal cuja geração predominante vem de fontes hidroeléctricas e cujos custos operacionais são significativamente mais baixos”.
No documento assinado pelo Presidente, que aprova as minutas dos contratos de empreitada, subdividida em lotes, que, somados os valores das obras, totaliza 850 milhões de dólares, considera-se necessário “fazer o abastecimento de energia eléctrica a partir da Rede Nacional de Transporte, através de uma conexão submarina de Corrente Alternada de Alta Tensão (CAAT), estimado preliminarmente em uma distância de 120 km com requisito de energia de 300 MW, a fim de minimizar a dependência do gás e do diesel e, consequentemente, reduzir os custos de combustível a curto e longo prazos e diminuir as emissões de gases com efeito de estufa”.
No despacho, o Chefe de Estado autoriza igualmente a inscrição do «Projecto de Concepção e Construção da Empreitada de Fornecimento de Energia Eléctrica para Cabinda a partir do Soyo, através de Cabos Submarinos de Alta Tensão», no PIP 2024.
A ministra das Finanças deverá assegurar os recursos financeiros necessários à implementação dos projectos.
Fonte: NJ