A rádio, que antes de passar à esfera do Estado tinha como sócio maioritário Manuel Rabelais, antigo ministro da Comunicação Social e director do GRECIMA, condenado, em 2021, a 14 anos e seis meses de prisão, no “processo GRECIMA”, verá os seus funcionários transferidos a partir do próximo dia 15.
A Global FM tinha até Dezembro um atraso salarial de três meses, mas viu esse problema resolvido antes do natal, mas os funcionários ficaram surpreendidos com a notícia do seu encerramento no dia 28, por decisão do conselho de administração da RNA.
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Em despacho, assinado pelo presidente do conselho de administração da Rádio Nacional de Angola, Pedro Cabral, a que o Novo Jornal teve acesso, é determinado o encerramento da Rádio Global FM.
O Novo Jornal soube junto de uma fonte da RNA que os funcionários da Rádio Global começam a ser transferidos para as emissoras do Grupo RNA a partir do próximo dia 15.
Importa lembrar que a TV Palanca, que pertenceu ao mesmo grupo que a Rádio Global FM, teve o mesmo desfecho em 2022, e os seus funcionários foram todos transferidos para a Televisão Pública de Angola (TPA), depois da promessa do Governo, através do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS) de que aquela TV seria transformada num canal de desporto da TPA, mas tal intenção não se concretizou.
Entretanto, os funcionários da Global FM esperam que a Rádio Nacional de Angola cumpra com a promessa de inserção dos trabalhadores nas suas emissoras e que não os deixe à sua sorte, tal como aconteceu com muitos funcionários da ZAP.
Segundo uma fonte da RNA, a Global FM só trazia despesas para o Estado, daí transferirem os meios para o Grupo RNA e consequentemente deliberarem o seu encerramento.
Vale lembrar que a TV Zimbo, a Rádio Mais e o jornal O País, do grupo Média Nova, que pertenciam aos generais Hélder Viera Dias “Kopelipa” e Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino”, também foram absorvidos pelo Estado ao abrigo da mesma legislação, estando permanentemente em cima da mesa a sua reprivatização, mas, até agora, esse “negócio” não se tem apresentado com a atractividade suficiente para chamar a atenção de grupos ou empresários privados.