O Grupo de Acção Financeira Internacional retirou a Turquia e a Jamaica da sua “lista cinzenta” de territórios sob vigilância reforçada devido às deficiências detectadas na luta contra o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo, informou esta sexta-feira (28) a instituição intergovernamental que esteve reunida durante três dias (26 a 28) em Singapura.
Num comunicado tornado público na tarde desta sexta-feira, a plenária do GAFI felicitou a Jamaica e a Turquia pelos seus progressos significativos na resolução das deficiências estratégicas na prevenção do branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo (ABC/CFT), anteriormente identificadas durante as suas avaliações mútuas.
“Concluíram os seus planos de acção para resolver as deficiências estratégicas identificadas dentro dos prazos acordados e deixarão de estar sujeitos ao processo de monitorização acrescido do GAFI”, lê-se no comunicado.
No caso da Turquia, que foi colocada na lista em Outubro de 2021, quando foram detectadas falhas de supervisão em sectores como a banca, o imobiliário ou a compra e venda de ouro e outros materiais preciosos, a instituição manifestou a sua satisfação com “os progressos significativos” feitos pelo país na melhoria do seu regime de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo.
Quanto à Jamaica, a instituição expressou satisfação com o progresso significativo do país na melhoria do seu regime, após fortalecer sua eficácia no cumprimento dos compromissos do plano de acção em relação às deficiências estratégicas identificadas em 2020.
O GAFI reiterou as suas preocupações com o facto de a Coreia do Norte continuar a não resolver as deficiências significativas do seu regime de luta contra o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo (ABC/CFT), bem como as graves ameaças representadas pelas actividades ilícitas relacionadas com a proliferação de armas de destruição maciça e o seu financiamento.
Assim, a Bulgária, Burkina Faso, Camarões, Croácia, Filipinas, Haiti, Quénia, Mali, Mónaco, Moçambique, Namíbia, Nigéria, República Democrática do Congo, Senegal, África do Sul, Sudão do Sul, Síria, Tanzânia, Venezuela, Vietname e Iémen continuam a fazer parte da “lista cinzenta” do GAFI. Angola, que estava bastante apreensiva com um eventual regresso à lista restritiva, vê o seu nome de fora em consequência dos avanços em matéria de cumprimento das recomendações da entidade.
Fonte: O Telegram
