Com algumas recomendações do grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI), a Unidade de Informação Financeira (UIF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), com a cooperação internacional, tudo têm estado a fazer para evitar o fluxo financeiro ilícito, segundo o chefe de secção da UIF, Menervina Inglês
A responsável, que falava durante uma conferência realizada ontem, na Universidade Jean Piaget, em Luanda, sob a égide da Organização das Nações Unidas, sobre drogas e crimes organizados (ONUDC), disse que o branqueamento de capitais e os crimes organizados são práticas que tem como objectivo a busca de lucro fácil.
Os seus praticantes movimentam dinheiros ilícitos sem pagar impostos aos Estados, e por isso devem ser combatidos. Segundo disse, regra geral são dinheiros conseguidos de forma ilegal e que depois são introduzidos nos em bancos como sendo limpos. A representante da UIF reforçou que a instituição em que trabalha e a PGR, com a cooperação internacional, procuram permanentemente seguir os rastos dos implicados nestes crimes.
Por sua vez, a representante da ONUDC, Marina Carneiro, reconheceu o empenho de Angola no trabalho que tem feito para o combate ao branqueamento de capitais e crimes organizados. Porém, defendeu a necessidade de o país continuar a aprimorar leis e técnicas de combate a estes crimes, por considerar que cada dia os seus praticantes também têm estado a inovar.
Marina Carneiro disse ainda que a Organização das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes Organizados, com apoio da União Europeia, vai continuar a trabalhar com Angola, sobretudo com os jovens, para que no futuro crimes sejam mitigados. A conferência foi uma actividade integrada no âmbito de Pro.RE.Act, financiada pela União Europeia e que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de combate aos fluxos financeiros ilícitos.
Importa referir que Angola está na lista cinzenta da avaliação do GAFI e, caso não dê mais avanços nos mecanismos e técnicas de combate ao branqueamento de capitais, poderá sofrer consequências económicas, como, por exemplo, não ter acesso a divisas.
Fonte: OPAÍS