Angola comercializou, no ano passado, 9,19 milhões de quilates, que corresponde a uma receita bruta avaliada em 1,96 mil milhões de dólares, anunciou, esta sexta-feira, em Luanda, o director do Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás.
Alexandre Garete, que apresentou o balanço dos resultados da produção, comercialização e exportação de diamantes, referentes ao IV trimestre e anual, em representação do secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jânio Corrêa Victor, indicou que as exportações realizadas, em 2022, totalizaram 8,83 milhões de quilates.
Segundo Alexandre Garete, comparação com o ano de 2021, observou-se um incremento do volume das exportações de diamantes que situam em 1,38 por cento, em que os principais destinos foram os Emirados Árabes Unidos (67,91 por cento), Bélgica (21,25 por cento), e China (10,82 por cento).
De acordo com o director do GEPE, em 2022, Angola produziu 8,75 milhões de quilates, dos quais, 8,71 milhões provenientes da produção industrial, e 46,311 quilates, resultantes da produção semi-industrial.
Para o gestor, comparativamente com o ano de 2021, houve um aumento de 0,37 por cento, do volume da produção de diamantes, em que a empresa Catoca foi a que mais produziu, com cerca de 64,82 por cento, da produção total.
Apontou que, em 2022, o mercado internacional registou uma escassez de diamantes brutos, por causa das sanções impostas aos diamantes provenientes da Rússia, o que provocou a alta da procura da “commodite”, originando a subida dos preços.
Produção trimestral atinge USD 536 milhões em receitas
De acordo com Alexandre Garete, durante o mesmo período em análise, a produção de diamantes, em Angola, foi de 2,65 milhões de quilates, dos quais, 2,63 milhões correspondem a produção industrial, e 18.496 quilates, equivale a produção semi-industrial, em que a sociedade Catoca foi a mais destacada, com 46,20 por cento da produção total.
Disse que, durante o IV trimestre de 2022, o país comercializou 2,87 milhões de quilates, a um preço médio ponderado de 186,74 dólares/quilates, atingindo uma receita bruta de 536,66 milhões de dólares.
Endiama investe mais de 100 milhões de dólares
O presidente do Conselho de Administração da Endiama, Augusto Ganga Júnior, disse que, este ano, a empresa que dirige, vai investir mais de 100 milhões de dólares, para as operações e prospecção nas minas de Luachinda, Cuango e Luelo.
Segundo o PCA da Endiama, os estudos de prospecção das minas de Luachinda e Cuango, cada vai ter um investimento avaliado em 15 milhões de dólares, e a de Luela, com a responsabilidade da Endiama, tem um investimento que ronda os 100 milhões de dólares.
“Este ano, estamos a trabalhar para aumentar a produção e prospecção de diamantes. Em 2022, atingimos uma produção de nove milhões de quilates. A nossa intenção é passarmos para 12 milhões de quilates, em 2023”, indicou, destacando que para a melhoria operacional, a Endiama vai contar, também, com algumas minas existentes, com destaque a do Luela, em que se esperam obter as primeiras produções de diamantes.
Fonte: JA