O Fundo Monetário Internacional (FMI) está disponível para continuar a apoiar as políticas em curso no país, sobretudo em matéria de assistência técnica e formação, afirmou, esta quarta-feira, em Luanda, a directora-geral adjunta da instituição, Antoinette Sayeh.
A responsável, que falava à imprensa no final de uma audiência concedida pelo Presidente da República, João Lourenço, no Palácio Presidencial, frisou que a oferta se mantém caso Angola precise, sublinhando que se as reformas em curso no país forem bem empreendidas o futuro será brilhante.
Na sua primeira visita a Angola, informou que o encontro com o Chefe de Estado visou, essencialmente, o reforço e aprofundamento da cooperação, bem como para felicitar as autoridades angolanas pelas reformas empreendidas para fazer face aos vários factos económicos que os país enfrenta.
Sobre a possibilidade do FMI reforçar o financiamento para Angola, referiu que a questão não foi discutida, lembrando que a instituição teve um programa bem sucedido de financiamento para Angola, que terminou em 2021.
“Partilhei com o Presidente da República a necessidade dos esforços serem continuados, tendo em conta que o mundo está a ser caracterizado por recorrentes choques, principalmente no mercado petrolífero, e Angola, sendo um país produtor de petróleo, deverá continuar a fazer face a este processo”, salientou.
Tendo em conta a volatilidade do preço do petróleo e a necessidade de Angola empreender cada vez mais esforços no sentido de adaptar-se a esses choques, encorajou o Governo no sentido de continuar as reformas, principalmente aquelas que foram iniciadas no ano transacto, que têm que ver com o processo de retirada dos subsídios aos combustíveis.
Durante o encontro, foi ainda acordada a necessidade do reforço da rede de serviços sociais, de modo a apoiar as camadas cada vez mais vulneráveis, para que possam sentir a presença do Governo que deverá continuar a ter bons programas de comunicação sobre a necessidade de implementação dessas reformas, assim como reforçar as outras áreas necessárias para que tais reformas possam reflectir-se na vida da população.
De igual modo, foi discutida a visão que o Presidente tem em relação à diversificação e a necessidade de continuar esse processo, bem como os esforços de combate à corrupção para a criação de um ambiente de negócios favorável em Angola.
Manifestou a sua satisfação com a garantia da prioridade que João Lourenço empreende em matérias de educação de qualidade e as capacidades e valências necessárias, para que a educação avance e as reformas tenham resultados positivos
Fonte: Angop