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Diplomatas queixam-se de ″som alto″ de bares, e Governo faz ″varredura″

Diferentes missões diplomáticas e embaixadores com residências protocolares no Miramar manifestam-se agastados com os “sons” musicais produzidos pelos bares e restaurantes da circunscrição e, com a população local, exigem o cumprimento da lei. Administração de Luanda já entrou em “campo” e promete dias mais tranquilos.

Vários diplomatas e missões diplomáticas fixadas no bairro Miramar, uma das zonas mais nobres da cidade capital, onde também estão erguidas as residências oficiais do antigo Presidente da República, José Eduardo dos Santos (já falecido), e de Maria Eugénia Neto, viúva de Agostinho Neto, primeiro Chefe de Estado angolano, queixam-se da “poluição sonora” produzida por múltiplos bares e restaurantes à volta e pedem a pronta intervenção das autoridades.

Na referida localidade, estão as residências oficiais de alguns embaixadores e diversas embaixadas, designadamente dos Estados Unidos da América, da Noruega, da Rússia, da Ucrânia, do Brasil e da China.

“Em muitos países europeus ou mesmo nos Estados Unidos da América, isso não é permitido. Estes restaurantes fazem muita barulheira às noites. Esperamos que as autoridades alterem esse facto”, declara à imprensa um diplomata, que prefere anonimato.

Para além dos “sons musicais” acima dos decibéis permitidos por lei, muitos destes estabelecimentos do sector da restauração possuem, nalguns casos, parques de estacionamento com a capacidade abaixo do fluxo de clientes, sendo que, noutros, não os possuem, o que tem levado os utentes a estacionar as viaturas nas vias, obstruindo o trânsito.

A par do mau estacionamento das viaturas, regista-se, face à procura, sobretudo às quintas e aos sábados, uma sobrelotação desses espaços, o que leva muitos utentes a ter de se concentrar na parte exterior dos referidos estabelecimentos.

Entretanto, as queixas não são exclusivas do corpo diplomático acreditado no País, mas também de moradores nacionais. E muitos, entre estes, Maria Eugénia Neto, viúva de Agostinho Neto, primeiro Chefe de Estado angolano, já endereçaram reclamações às autoridades, mas queixam-se de uma alegada letargia governamental face aos factos expostos.

“À semelhança de Maria Eugénia Neto, esposa do nosso primeiro Presidente, há muitas mais velhas com residências fixas por aqui, e esse tipo de ambiente prejudica-as. Temos registado algumas acções das autoridades, mas tem de ser mais enérgica”, sublinha Joana de Carvalho, residente local.

“Esta é uma zona muito nobre. Temos aqui a casa do camarada Presidente José Eduardo dos Santos e várias missões diplomáticas. Desculpe a grosseria, mas tem de se impor uma postura civilizacional aceitável”, acrescenta a técnica de contas.

Fonte: NJ

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