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83% dos angolanos vê empreendedorismo como profissão

Estudo conjunto feito pelo banco de Fomento Angola (BFA) e Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC), sobre o empreendedorismo, denominado GEM Angola 2022/2023, revela que mais de 70% da população adulta tem um negócio e 83% vê a actividade como profissão

A maioria dos angolanos tem uma iniciativa de negócio. São 71% da população adulta que, de forma individual ou com outras pessoas, está a tentar iniciar um novo negócio, como aponta os dados do Estudo sobre o Empreendedorismo. A maioria dos inqueridos pela equipa de estudos do BFA indica que ser empreendedor é mesmo uma profissão. Acresce a isso que mais de 90% dos inquiridos aponta que os empreendedores de sucesso têm um nível alto quanto ao estatuto social. O que leva a entender que a queda pelo empreendedorismo não é uma resposta a falta de em- prego, mas também a busca por estatuto e posicionamento social.

Adicionalmente e conforme os dados do relatório a que à imprensa teve acesso, caiu de 11% para 24%, de 2020 para 2022, o peso da população angolana que considera que o risco de insucesso impede o início de um possível negócio. Conforme o relatório, dos países de renda baixa, realidade onde Angola se enquadra, o país é destaque pelo facto de 90% das pessoas que têm um negócio justificarem a criação do mesmo não por vocação, mas por necessidade.

“Ganhar a vida porque a oferta de emprego é pouca ou nula” lê-se no documento. Apenas 46% dos que têm negócio justificaram que estão nesta actividade por responsabilidade de continuar o negócio da família, segundo os dados do Estudo sobre o Empreendedorismo, denominado GEM Angola 2022/2023. A situação em Angola apenas faz paralelo com a Tunísia, onde 89% dos empreendedores justifica a criação de negócio com mesmo motivo.

77% considera fácil iniciar um negócio

A maior parte da população adulta entende ser fácil começar um negócio em Angola. Os níveis de confiança na facilidade para começar um negócio no país são óptimos, apenas se comparam com países de primeira linha nesse quesito, como os casos da Suécia, onde os níveis chegam a 80%, da Polónia 79% e a Índia que tem estes níveis estabilizados nos 78%. Outro dado interessante é que a taxa de actividade empreendedora earlystage, que em 2018 rondava os 40%, chegou aos mais de 53% em 2022.

Este indicador mede a percentagem da população adulta, que participa nas duas primeiras fases da actividade empreendedora, ou seja, a percentagem de indivíduos que são considerados empreendedores de negócios nascentes, tendo investido recursos para iniciar um negócio, ou empreendedores de novos negócios, que proporcionaram remuneração salarial por um período superior a três e inferior a 42 meses.

Angola é também líder neste segmento. Se restringirmos esta análise a empreendedores iniciantes aos 18 e 24 anos, percebemos que Angola apresenta uma taxa de 56,4% e lidera no mundo todo, seguida pela Guatemala que tem uma taxa de pouco mais de 32%. Se ampliarmos um pouco e analisarmos os empreendedores iniciantes entre os 25 e os 34 anos, voltamos a perceber que Angola continua a liderar com nível de empreendedorismo a rondar os 58%. Desta feita seguida pelo Uruguai, com taxa de 37%.

Fonte: OPAÍS

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