domingo, maio 19, 2024
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Vera Daves quer gestão inspiradora para o alcance dos Objectivos do Desenvolvimento Sustentável

A ministra das Finanças apelou, sábado, em Luanda, aos líderes empresariais a usarem a capacidade de inspirar as pessoas sob sua gestão para superar os obstáculos.

Vera Daves de Sousa, que falava na abertura da 4ª edição da Conferência Internacional de Liderança, organizada pela Move Angola, sob o lema “Desenvolvendo líderes e impulsionando o progresso em Angola: Causa Maior”, disse que a superação constitui um dos pilares para o alcance dos Objectivos do Desenvolvimento Sustentável, assim como a melhoria da despesa e o equilíbrio na distribuição dos recursos financeiros.

Na conferência, gestores de grupos empresariais e influenciadores sociais apresentaram as suas directrizes para que Angola possa tirar um melhor proveito do seu potencial económico.

A titular da pasta das Finanças foi peremptória em afirmar que a existência de um gestor tem, acima de tudo, como propósito, contribuir para uma causa maior, que é dar o máximo de si em prol da comunidade, de modo a contribuir para a sustentabilidade, assente nos pilares da economia, meio ambiente, cultura e identidade.

Acrescentou que um líder só consegue atingir esta meta quando é capaz de fazer com que as pessoas consigam acreditar em si próprias, elevar os índices de auto-estima, sem perder de vista a necessidade de cumprir com os deveres tributários para a melhoria da despesa.

“O facto de o mundo estar a atravessar um período de transição energética e a perspectiva de o petróleo vir a esgotar, deve ser encarado com o devido discernimento, o que implica dizer que o país deve estar em sintonia com a Agenda 2030, e não pode deixar, de repente, de aproveitar os combustíveis fósseis para atingir níveis de crescimento satisfatórios”, disse.

“Angola deve saber gerir o equilíbrio que se pretende, mas não se pode negar que ainda existe muito trabalho por fazer. O que implica dizer que temos de continuar a utilizar os combustíveis fósseis, cientes da nossa responsabilidade de cumprir com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável”, acrescentou.

A ministra das Finanças exortou os empreendedores a fazerem um estudo de mercado, antes da abertura de qualquer negócio. “Os empreendedores devem fazer um estudo de mercado, antes da abertura de qualquer negócio, para não entrarem numa actividade só por saberem que alguém foi bem sucedido neste ramo, sob pena de manter a economia na qualidade de ‘emergente’. O sucesso também depende de factores como escolha, foco, prioridade, infra-estruturas e serviços”, disse.

O evento, que contou com a presença de mais de dois mil participantes, teve como objectivo impulsionar o desenvolvimento e a construção de líderes. Nesta edição, foram igualmente debatidos temas como “Construir influências”, “Criar boa energia” e  “Causa maior”.


Ministra aconselha parcerias acertadas

Vera Daves considerou ser imperiosa a escolha acertada dos parceiros internacionais, com os quais o país pretende cooperar, no domínio da economia, de modo a evitar parcerias susceptíveis de criar dependência e exploração de recursos de forma desonesta.

Segundo a ministra das Finanças, toda a parceria deve ser mutuamente vantajosa, para que a sua materialização tenha incidência na melhoria do índice de desenvolvimento humano, na medida em que nas relações internacionais existem sempre os actores que procuram levar vantagem sobre os outros.

“Temos que ser cautelosos e analisar bem os processos, porque não podemos aceitar promessas falsas e que nos vendam banha de cobra por quem apenas quer fazer a exploração dos nossos recursos de forma desonesta”, alertou.

A ministra reafirmou que no processo de desenvolvimento, os líderes devem colocar sempre o “nós” antes do “eu”, porque “liderar é servir”. Acrescentou que ninguém deve ser deixado para trás, na medida em que ser rico só é bom quando as pessoas ao redor também estão bem do ponto de vista económico e social.

Sublinhou a necessidade de Angola trabalhar em prol do “dividendo demográfico”, fazendo com que a maioria dos cidadãos em idade activa contribua para a geração de riqueza em função do excelente nível de prestação de serviços, boa remuneração e pagamento de impostos para alargar a base tributária, condição essencial para melhorar a despesa.

Fonte: JA

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