O Estado angolano em 2025 poderá pagar uma dívida de 13.53 mil milhões de dólares e assim contrair uma dívida no montante de 14 mil milhões de dólares.
No exercício da gestão das empresas “contrair dívidas não é uma coisa má”, para o economista Quingila Hebo, o dinheiro contraído por dívidas deve ser capaz de gerar outro dinheiro para pagar a dívida e continuar a usufruir do endividamento.
Há desafios deste ponto de vista, por isso, o economista chama atenção de modo a olhar para os benefícios do envidamento.
“O Japão é um dos países mais endividados do mundo, mas seus cidadãos não reclamam sobre as dívidas do Japão porque quando saem as ruas conseguem ver os benefícios do endividamento”, frisou.
Do ponto de vista da gestão, o economista assegurou não ser preocupante, pois a preocupação reside do ponto de vista dos benefícios que a dívida deve gerar na sociedade.
Angola está em uma fase de construção das infra-estruturas necessárias para dar um impulso na economia com vista a aumentar o crescimento e desenvolvimento económico, por isso, entende que “um país como nosso, é normal que se endivide”.
Para o economista, o desafio consiste na fiscalização para os resultados do endividamento.
A ministra das Finanças Vera Daves de Sousa, que falava nesta segunda-feira, 27, durante a sessão de apresentação Pública do Plano Anual de Endividamento 2025, afirmou que nos últimos três anos, o serviço de dívida foi designado por “gigantesco” com uma média equivalente a 16 mil milhões de dólares por ano, tendo a China como o maior credor, numa trajectória equilibrada no mercado internacional com uma abordagem proactiva.
No mercado doméstico, a alteração da dívida também foi notável, pois o serviço da dívida encontra-se desconcentrada.
Os 14 mil milhões de dólares a serem contraídos em 2025 representam uma percentagem de 63 por cento em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).
“Seja qual for a fonte do financiamento utilizada a “transparência” continuará a ser a prioridade, no entanto, espera contar com a colaboração dos investidores nacionais e estrangeiros”.
O encontro visou fazer um balanço e divulgação da dívida pública nos últimos anos e assim divulgar o plano estratégico para 2025, tendo em conta os indicadores que se pretendem alcançar.
Fonte: CK