O técnico da seleção nigeriana, Eric Chelle, levantou forte polêmica após a derrota da Nigéria para a República Democrática do Congo na repescagem da Copa do Mundo. Depois da eliminação nos pênaltis por 4–3, o treinador afirmou ter testemunhado “práticas suspeitas” na área técnica congolesa durante as cobranças, insinuando o uso de feitiçaria ou vudu para influenciar o resultado.
Segundo Chelle, o comportamento do banco da RDC durante a disputa de pênaltis chamou sua atenção, especialmente após as duas primeiras cobranças desperdiçadas pelas Super Águias. “Algo não estava certo”, disse o treinador, que enviou uma mensagem direta à FIFA e à CAF, pedindo que as entidades “tomem medidas” e “investiguem comportamentos antidesportivos”.
O jogo, disputado em Rabat, foi dramático do início ao fim. A Nigéria abriu o placar logo aos três minutos, mas a RDC empatou com Mechak Elia aos 32. Após chances perdidas e a saída de Victor Osimhen por lesão, o equilíbrio manteve-se até à prorrogação, onde um gol da RDC aos 110 minutos chegou a gerar festa — mas acabou anulado pelo VAR.
Nos pênaltis, porém, os Leopardos foram mais eficazes e garantiram vaga nos playoffs intercontinentais.
A acusação de Chelle reacende o debate sobre superstição no futebol africano, ética desportiva e o papel das entidades reguladoras em confrontos decisivos.
