Procuradoria Geral da República diz que autoridades querem afastar risco de pilhagem, mas industriais avisam que a medida pode acarretar prejuízos
BENGUELA – Com a apreensão das redes de hotéis IKA e UI ao empresário Carlos São Vicente, o Estado angolano tem em mãos ativos superiores a 415 milhões de dólares norte-americanos, entregues ao Ministério das Finanças, mas ainda sem métodos de gestão capazes de preservar e colocar os imóveis ao serviço da economia nacional, avisa a associação Hotéis Angola.
Numa apreciação a levantamentos feitos pela imprensa após a recente publicação dos activos recuperados ao abrigo do combate à corrupção, aquela associação critica a transformação de unidades hoteleiras em edifícios para organismos públicos, como tribunais e delegações da Inspecção Geral da Administração do Estado, enquanto a Procuradoria-Geral da República (PGR) acredita ter tomado uma boa medida.
A página do Serviço Nacional de Recuperação de Activos mostra 10 hotéis IKA e oito IU, em alguns casos, segundo registos oficiais, com participações da Sonangol, ao lado do empresário São Vicente, que viu o Tribunal Constitucional negar provimento aos seus recursos.
Fonte: VOA