O corpo de Sofia Sajamba foi enterrado ontem, no cemitério do Benfica, em simultâneo com de outra jovem que tinha sido confundida com ela, pelos seus familiares. Foi necessário fazer a exumação do seu corpo, no último Sábado, em Luanda, uma vez que já tinha sido enterrado por engano por uma outra família
No final da tarde de Sábado, fez-se a exumação do corpo da malograda, que em vida se chamou Sofia Sajamba, de 20 anos de idade, que faleceu no dia 30 de Dezembro, a caminho do Hospital Geral de Luanda, vítima de doença. De acordo com o avô da jovem, Domingos Pedro, no dia 31, o hospital Geral transferiu o corpo para a morgue do Maria Pia, tendo a família acompanhado o processo até que se colocasse no necrotério, isto no período da manhã, mas pelo facto de ter sido num período festivo não foi possível fazer o funeral no dia 2 de Janeiro, passando para o dia 3.
Já na morgue do Hospital Maria Pia, a família de Sofia Sajamba se propôs em procurar juntamente com o pessoal em serviço na morgue, mas não conseguiram localizar o corpo. A procura terminou as 17 horas e tiveram que passar para o dia seguinte. No dia 4, os funcionários da morgue concluíram que o corpo foi levado por outra família por engano. Domingos Pedro referiu que não registou agilidade por parte dos funcionários da morgue na procura do corpo, pelo que, entendeu fazer uma participação por for- ma a obter mais ajuda.
Os contactos foram feitos, até que se encontrou uma família que já tinha realizado o funeral do seu parente, mas identificou que o corpo da enterrada ainda estava na morgue. Para além da família da Sofia e o pessoal da morgue, se juntou também o SIC e o GPL. Ainda na morgue, o pai da jovem de 26 anos que enterrou a Sofia Sajamba pensado que era a sua filha, reconheceu o corpo na morgue. Entretanto, Domingos Pedro e sua família decidiram fazer a exumação do corpo do seu ente querido e voltar a fazer o funeral.
A exumação aconteceu no Sábado último, o corpo foi reposto na morgue, sendo que o funeral acontece hoje no cemitério do Benfica. O avô de Sofia Jasamba lamenta o sucedido e pede que sejam responsabilizadas as pessoas pelos trans- tornos causados. “Tivemos que mobilizar 13 membros da família para entrar na morgue e procurar o corpo da nossa parente, gaveta por gaveta, para além de que os outros estão ainda reunidos na casa do óbito. Por esta altura já não temos mais condições financeiras para custear as despesas”, frisou, Domingos Pedro Cuamba.
Fonte: OPAÍS