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Professor que protestou por falta de carteiras está suspenso – Estudantes prometem manifestar-se contra a decisão nos próximos dias

O Movimento de Estudantes Angolanos (MEA) solidarizou-se com o professor Diavava Bernardo, suspenso depois de liderar um protesto que juntou mais de 300 crianças para reclamar carteiras para escola onde leccionava, e promete manifestar-se contra a decisão nos próximos dias.

O professor Diavava Bernardo liderou, em Setembro uma manifestação com mais de 300 crianças da Escola 5008, da rua Beto Escarneiro, na Estalagem, município de Viana, em Luanda, para exigirem das autoridades locais a reposição das carteiras nas salas de aula. Organizados em marcha, os alunos percorreram perto de três quilómetros em direção à administração municipal de Viana onde foram interceptados pela Polícia Nacional (PN) que os dispersou com disparos de armas de fogo, segundo denunciaram, no dia da manifestação, os pequenos ao Novo Jornal.

Em comunicado, o MEA disse que tomou conhecimento da suspensão do professor por via de fontes oficiais, anunciando que nos próximos dias vai realizar “uma manifestação contra tal decisão aniquiladora”.

“Fruto deste acto, o Governo angolano com o seu espírito de ditador, opressor e violador principal do Estado democrático e de direito, instaurou um processo disciplinar que culminou com a suspensão do referido professor”, escreve o MEA na nota, citado pela Lusa.

De acordo com o MEA, a decisão é “ilegal, sem fundamentos jurídico-constitucional”, pelo que a associação “repudia esta decisão e solidariza-se ao professor Diavava, vítima da má governação e inexistência de políticas credíveis para a Educação”.

Em declarações à agência Lusa, o professor disse que a decisão data de 25 de Outubro e que está suspenso por tempo indeterminado.

Diavava Bernardo disse que recorreu da decisão e aguarda por conclusão do processo, escusando-se a fazer mais comentários sobre o assunto.

De lembrar que quatro dias depois da manifestação liderada pelo professor, a escola da estalagem recebeu carteiras novas.

Fonte: NJ

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