Sábado, Julho 27, 2024
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Políticas incorrectas do Governo do MPLA são responsáveis pelo alastramento de greves em sectores chave como o da saúde, acusa a oposição

Os partidos políticos da oposição exigem a resolução urgente e satisfatória das reivindicações dos enfermeiros que iniciaram, na segunda-feira, 07, uma greve, esperando que as exigências concorram para a dignificação da classe e consequente melhoria dos serviços de saúde em Angola.

Para o Grupo Parlamentar da UNITA, “a greve dos enfermeiros de Angola vem adensar o rol de protestos de índole laboral em vários sectores de actividade social e produtiva da vida nacional, depois da greve dos médicos, e, mais recentemente, dos professores do ensino superior público, fruto das políticas erradas do Executivo do MPLA”.

“Assim sendo, exige do Governo a assumpção de uma postura de comprometimento inequívoco com a realização da dignidade da pessoa humana, sobretudo, uma postura de sensibilidade e realização das preocupações legítimas dos enfermeiros que são responsáveis pelos cuidados dos utentes das unidades de saúde assim como do seu bom funcionamento, pois, são os agentes da primeira linha no atendimento aos doentes”, diz uma nota de imprensa do principal partido da oposição.

Segundo a UNITA, este ciclo de protestos vem igualmente demonstrar “um grande défice de diálogo” e, sobretudo, “uma enorme incapacidade de realização dos grandes desígnios nacionais e interesses das mais distintas classes de trabalhadores angolanos”, bem como o fracasso da política nacional de quadros, no que respeita à sua valorização através da justa remuneração e com benefícios sociais e económicos competitivos.

O Grupo Parlamentar da UNITA manifesta a sua solidariedade ao Sindicato dos Enfermeiros de Angola (SINDEA) e espera que as suas reivindicações concorram para a dignificação da classe e consequente melhoria dos serviços de saúde em Angola. O presidente da FNLA, Nimi a Nsimbi, lamentou que os enfermeiros enfrentem inúmeras dificuldades na prestação dos serviços de saúde à população, uma situação que o Executivo deve resolver urgentemente.

“O sistema de saúde em Angola é débil. Com estas greves, a população vai passar por muitas dificuldades em termos de assistência nos hospitais”, acrescentou, salientando que a contestação dos enfermeiros significa que as coisas não estão bem a nível do Executivo. O deputado do PRS, Rui Malopa Miguel, entende que o Estado é uma pessoa de bem e deve cuidar dos direitos dos cidadãos.

“O Estado deve estar preocupado com a saúde dos cidadãos e de todos os aspectos que têm a ver com o desenvolvimento humano”, disse, destacando que a reivindicação dos enfermeiros demostra que o Executivo não tem prestado atenção aos trabalhadores. “É por isso que constantemente assistimos ao quadro de insatisfação em vários sectores que reclamam melhoria dos salários e das condições de trabalho”, concluiu.

Os enfermeiros iniciaram segunda-feira, 07, um período de greve geral por tempo indeterminado em todo o País para exigir o aumento salarial, pagamento de subsídios da Covid-19 e melhoria de condições laborais. As áreas como banco de urgências, salas de parto, blocos operatórios e cuidados intensivos têm os serviços mínimos salvaguardados.

Fonte: AN

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