Os passes sociais de transportes públicos, que começam a funcionar em Agosto, não vão pôr em risco os postos de trabalhos dos cobradores da empresa de Transportes Colectivos Urbanos de Luanda (TCUL), soube à imprensa.
A garantia é do presidente do conselho de administração (PCA) da TCUL, Catarino César, que assegura estarem salvaguardados os postos de trabalho dos cobradores, apesar da entrada em funcionamento do processo da bilhética.
Segundo o PCA, apesar do processo da bilhética não prever cobradores, a TCUL vai mantê-los, pois, mesmo com a entrada em vigor dos passes sociais nos transportes públicos, nem toda a população vai adquirir os passes.
“Vamos ter aqueles cidadãos que vão querer comprar os bilhetes a bordo e os nossos motoristas não estão ainda preparados para fazerem as duas funções”, disse o PCA.
Catarino César reconheceu que o processo de bilhética põe em risco os postos de trabalho dos cobradores, mas admitiu ao Novo Jornal que tendo em conta a realidade angolana não será, por enquanto, possível retirá-los.
“Não vai ser possível o motorista fazer o duplo papel. É um processo novo em Angola, então vamos acompanhá-los e não podemos retirar já os cobradores”, assegurou.
À imprensa indagou o PCA da TCUL por ter verificado nos últimos tempos uma tensão na classe dos cobradores da empresa, que receavam despedimentos com a entrada do sistema de bilhética nos transportes públicos.
“Para este processo nós vamos precisar dos cobradores”, assegurou o presidente do conselho de administração da TCUL.
Segundo este responsável, com a entrada em funcionamento do sistema nacional de bilhética, a TCUL prevê ter um maior controlo dos autocarros e dos passageiros, a qualquer hora, e gerir melhor as receitas arrecadadas.
Na semana passada, o presidente da Comissão Executiva da Empresa Nacional de Bilhética Integrada (ENBI), Mário Pedro, avançou à Televisão Pública de Angola (TPA) que os passes sociais de transportes públicos começam a funcionar no mês de Agosto.
Segundo Mário Pedro, o lançamento dos passes será feito na província da Huíla, numa altura em que estão já pré-cadastrados cerca de 4.500 estudantes.
O presidente da Comissão Executiva da ENBI referiu que está em curso um modelo unificado dos passes sociais, para permitir que possam ser usados em todo o território nacional.
Os passes sociais vão custar 4.500 Kz, ou seja 2.500 Kz na compra do cartão e mais 2.000 Kz para activação no sistema de bilhética, e são renovados a cada três anos. Os estudantes com idade até 15 anos têm direito a 60 viagens/mês.
Fonte: NJ