Apesar de a verba para o Ministério da Saúde crescer ligeiramente na proposta de Orçamento Geral do Estado para 2023 (OGE2023), subindo dos 305,8 mil milhões de kwanzas para os 380 mil milhões, a parcela destinada ao combate da doença que mais mata em Angola sofreu um corte de 800 milhões de kwanzas, passando dos 8,3 mil milhões inscritos no documento em vigor para os 7,5 mil milhões no OGE2023.
O mesmo se passa com o projecto de combate à tuberculose, que tem uma dotação inferior à do ano que está a terminar: dos 5,1 mil milhões do documento de 2022, passa para os 4,5 mil milhões no próximo ano, caso esta proposta de OGE venha a ser aprovada pelos deputados à Assembleia Nacional.
Corte bastante mais pequeno sofre o programa de transmissão do HIV de mãe para filho, da responsabilidade da primeira dama, que vê a verba encolher dos 2,5 para os 2,4 mil milhões.
Este orçamento contempla, no entanto, uma verba para a prevenção e combate ao HIV/Sida, o que não acontece no que está em vigor, mas são apenas 300 milhões para o combate a uma doença que mata diariamente oito a nove jovens entre os 15 e os 24 anos em Angola. Para a tuberculose, onde muitas vezes estão “escondidas” as mortes relacionadas com a Sida, o Governo destina 4,5 mil milhões, montante inferior ao inscrito no OGE de 2022.
A comissão multissectorial para prevenção e combate à covid vai receber 16,1 mil milhões. Já para o programa de aquisição de medicamentos, materiais gastáveis e equipamentos, o Governo reservou 16,7 mil milhões, o que representa um reforço de 11,7 mil milhões em relação ao documento em vigor.
Fonte: NJ