Antes do face-to-face entre Joe Biden e João Lourenço, em Washington, o embaixador dos Estados Unidos em Angola revelou, em exclusivo à imprensa, a sua expectativa em relação ao encontro que suscita várias conjecturas. Tulinabo S. Mushingi, que defende uma governação voltada para a satisfação das necessidades do povo, garantiu, por outro lado, o contínuo apoio ao programa de combate à corrupção no País e desdramatizou a ideia de que haja entre EUA e China uma alegada disputa pelo Corredor do Lobito.
Antes do presencial entre Joe Biden e João Lourenço, em Washington, o embaixador dos Estados Unidos em Angola revelou, em exclusivo à imprensa, a sua expectativa em relação ao encontro que suscita várias conjecturas. Tulinabo S. Mushingi, que defende uma governação externa para a satisfação das necessidades do povo, garantiu, por outro lado, o apoio contínuo ao programa de combate à corrupção no País e desdramatizou a ideia de que há entre EUA e China uma alegada disputa pelo Corredor do Lobito.
É no seu consulado, como embaixador dos Estados Unidos em Angola, que João Lourenço, Presidente de Angola, é recebido oficialmente por um Presidente norte-americano. O que significa esta audiência no contexto da geopolítica mundial, africana em particular, e das relações entre Angola e os Estados Unidos?
Esta visita é uma demonstração significativa de que a parceria entre os Estados Unidos e Angola cresceu significativamente nos últimos 30 anos, reflectindo o reconhecimento dos nossos líderes de que, juntos, podemos obter resultados positivos para os nossos povos. Os Estados Unidos estão empenhados em trabalhar em conjunto para criar mais oportunidades, para melhorar a vida dos cidadãos de ambos os países. Durante o encontro, esperamos que os Presidentes discutam o crescimento do investimento dos EUA em Angola, o aumento do comércio bilateral e o reforço da cooperação nas iniciativas da Parceria para as Infraestruturas e Investimentos Globais (PGI), nos domínios do clima, da energia e das infra-estruturas transformacionais, como o Corredor do Lobito. A visita servirá, também, para fortalecer a liderança de Angola em iniciativas fundamentais de paz e segurança a nível regional e mundial. Após o meu regresso, espero com expectativa a oportunidade de discutir mais detalhadamente os resultados da reunião.
Os Estados Unidos são tidos como o modelo mundial sobre democracia e liberdade de imprensa. Como avalia a liberdade de imprensa no país?
Sobre a democracia é só para dizer que a democracia é um processo. Nós, por exemplo, nos Estados Unidos temos uma democracia que está velha, de mais ou menos 247 anos, e continuamos a trabalhar para a melhoria desta democracia. A liberdade de imprensa é muito importante para nós. Nos Estados Unidos temos três ramos de governo: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Mas algumas pessoas acham que a mídia é o quarto ramo do governo, também. Portanto, uma imprensa livre e independente é boa para a democracia, qualquer democracia, tanto em Angola como nos Estados Unidos, porque uma imprensa livre pode dar informação, pode mostrar diferentes ângulos de qualquer assunto e assim, os cidadãos podem ter informações certas para poderem decidir, para poderem escolher e para poder avaliar o trabalho deles. Todos nós precisamos de informação e a imprensa é o local onde podemos procurar esta informação. Se uma imprensa livre e independente, pode apresentar a todos, diferentes pontos de vista e assim a pessoa quiser decidir.
Fonte: NJ