A cidadã Ana Patrícia Queiroz, de 42 anos, e outros nove comparsas, envolvidos no assassinato de uma mulher de 57 anos que residia no bairro Mártires, melhor amiga daa acusada e madrinha do seu filho, começou a ser julgada pelo Tribunal de Comarca de Luanda, pelo crime de homicídio, agressão física e carbonização.
O triste acontecimento ocorreu em Março último, mas veio à tona no mês de Abril quando o Serviço de Investigação Criminal (SIC) esclareceu o crime e deteve os implicados.
Tudo terá acontecido quando a vítima, Sebastiana Neto, confiando na comadre, a acusada Ana Patrícia Queiroz, a terá informado que estaria de viagem para os Estados Unidos da América (EUA).
Ana Patrícia Queiroz, por sua vez, organizou um grupo de marginais e informou-os que conhecia alguém com muito dinheiro na sua casa e dizendo-lhes que poderiam assaltá-la.
Segundo a acusação, a mulher comprou gasolina e outros meios, ligou para a vítima dizendo que gostaria de estar com ela na sua casa, tendo a vítima aceitado o pedido.
A acusação diz que Ana Patrícia Queiroz tinha como foco principal os bens da vítima, que estava de malas feitas para os EUA, e tinha na sua posse joias e dinheiro, de bens que havia vendido para viver no exterior do País.
A investigação do SIC apurou que o assassinato de Sebastiana Neto foi devidamente planeado pela acusada.
Conforme espelha a acusação, a vítima foi surpreendida no momento em que abria a porta, por um grupo de cinco elementos, entre eles a acusada Ana Patrícia Queiroz, que imobilizaram a mulher, tendo-lhe um dos bandidos colocado um pano que continha gás lacrimogéneo no rosto, o que lhe provocou o desmaio.
No interior de casa, prossegue a acusação, um dos marginais segurou em braçadeiras plásticas e começou por prender os membros superiores e inferiores da vítima.
A acusada colocou uma braçadeira plástica no pescoço da amiga e esta, na agonia, mordeu-a no braço. Após ter sido mordida, a acusada ficou furiosa, segurou num machado e desferiu um golpe na cabeça da malograda, que teve morte imediata.
O porta-voz do SIC-Luanda, superintendente-chefe Fernando Carvalho, explicou, na ocasião, que a mandante retirou da sua bolsa uma garrafa de 50 centímetros com gasolina, que atirou sobre o colchão onde estava deitada a vítima, para simular que o incêndio foi a causa da morte.
Após consumarem o crime, os malfeitores levaram da residência da vítima um baú contendo diversas jóias em ouro, um cartão de crédito com mais de sete milhões de kwanzas, assim como quatro telemóveis.
Para o pagamento dos comparsas, a acusada usou o cartão de crédito roubado, retirou quatro milhões de Kz, através de TPA, em bombas de combustível, estando os facilitadores também a ser julgados.
Fonte: NJ