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MPLA responsabiliza UNITA pela “crispação política no País, “Galo Negro” diz que “destituir PR é acto democrático”, PH exige que UNITA reconheça “erros cometidos na Jamba”

A plenária desta segunda-feira foi marcada por alguma tensão, com o MPLA a acusar a UNITA de ser responsável pela crispação política que o País vive, com a instigação da população a acções de desobediência, o “Galo negro” respondeu que “destituir o Presidente da República não é humilhação, mas um acto democrático”, e a líder do Partido Humanista, Bela Malaquias a desafiar a UNITA a reconhecer “os erros cometidos na Jamba, onde foram queimadas vivas muitas pessoas”.

O líder do Grupo Parlamentar do MPLA, Virgílio de Fontes Pereira, defendeu que “o MPLA continua focada na paz e na reconciliação nacional” e acusou a direcção da UNITA de, sempre que vai ao exterior do País, “caluniar o Executivo e manchar a imagem do País”.

De acordo com o deputado, a abertura ao diálogo demostrada pelo MPLA está a ser mal interpretada pela UNITA.

O líder do Grupo Parlamentar do MPLA reafirmou o apoio ao Presidente da República, João Lourenço, na sequência da pretensão da UNITA de o “desalojar” do cargo de Chefe do Estado.

“O Grupo Parlamentar do MPLA reafirma o seu apoio ao Presidente da República, João Lourenço, ponto final”, disse Virgílio de Fontes Pereira, salientando que a UNITA quer assumir o poder ilegalmente.

Referindo a proposta de Lei sobre a Liberdade de Reunião e de Manifestação, de iniciativa do Grupo Parlamentar da UNITA, disse que o MPLA está de acordo para a sua ratificação, mas por questões técnicas até aqui não foi aprovada.

O líder do Grupo Parlamentar da UNITA, Liberty Chiyaka, disse não haver condições para a realização de um golpe do Estado em Angola, à semelhança do que acontece nos outros países africanos.

“Mesmo com o roubo dos resultados eleitorais, em Angola não haverá um golpe de Estado”, disse o presidente do Grupo Parlamentar da UNITA.

Segundo o deputado da UNITA, o Presidente da República é o principal rosto da violação da Constituição no País, por isso, deve ser destituído.

“Destituir o Presidente da República não é humilhação, mas um acto democrático. Quando isso acontecer, Angola passará a ser respeitada”, referiu.

De acordo com o deputado, Angola precisa de uma reconciliação genuína e tem dificuldades para sua concretização.

“Há instrumentalização destorcida da verdadeira reconciliação”, disse o deputado que saudou a forma equilibrada com que a presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, tem conduzido os debates no Parlamento.

Disse que o País precisa de construir um novo sistema político, porque nota-se a falta de vontade política na resolução dos problemas.

“Os erros cometidos pelo Executivo devem ser responsabilizados. A Assembleia Nacional foi subalternizada pelo Executivo”, lamentou.

O líder do Grupo Parlamentar misto PRS/FNLA, Benedito Daniel elogiou o agendamento do IVA que será reduzido de 14 para 7% por cento.

“A Batalha do Executivo neste momento é de restituir o poder de compra aos cidadãos”, referiu, encorajando o Governo a apostar no sector agrícola para reduzir as importações.

A Líder do Partido Humanista de Angola, Bela Malaquias, aproveitou a sua declaração política para exigir à UNITA que reconheça “os erros cometidos na Jamba, onde foram queimadas vivas muitas pessoas durante a guerrilha”, e elogiou a deslocação da Comissão de Reconciliação em Memória das Vítimas dos Conflitos Políticos (CIVICOP) à Jamba, no Kuando-Kubango, na semana passada, para dar início ao processo de buscas de ossadas de familiares e antigos dirigentes do “Galo Negro”.

A resposta da UNITA a Bela Malaquias, foi render homenagem “a todas as vítimas dos conflitos” em Angola, sem particularizar.

FOnte: NJ

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