Morreu Louis Gossett Jr., primeiro ator negro a receber Óscar de Melhor Ator Secundário
Gossett recebeu mais seis nomeações para os Emmy ao longo dos anos, incluíndo pela interpretação do Presidente egípcio que negociou a paz com Israel após a Guerra dos Seis Dias, na produção televisiva “Sadat”, de 1983, que mais tarde o ator considerou um dos seus desempenhos preferidos.
Louis Gossett Jr., o primeiro ator negro a conquistar um Óscar de Melhor Ator Secundário e um Emmy de Melhor Ator, morreu na quinta-feira, aos 87 anos, disse um familiar à agência Associated Press.
Neal L. Gossett, primo do ator, disse à agência norte-americana de notícias que Gossett Jr. morreu na quinta-feira à noite em Santa Monica, Califórnia.
Louis Gossett Jr. obteve o Óscar de Melhor Ator Secundário pelo desempenho do autoritário sargento Emil Foley, em “Oficial e Cavalheiro”, de Taylor Hackford, em 1982, quatro anos depois do Emmy, pela interpretação de Fiddler, na série “Raízes”, uma das primeiras grandes produções televisivas a abordar diretamente os crimes do racismo e da escravidão.
Gossett recebeu mais seis nomeações para os Emmy ao longo dos anos, incluíndo pela interpretação do Presidente egípcio que negociou a paz com Israel após a Guerra dos Seis Dias, na produção televisiva “Sadat”, de 1983, que mais tarde o ator considerou um dos seus desempenhos preferidos.
A revista Variety recorda hoje atuações de Louis Gossett Jr. em produções televisivas como “The Sentry Collection Presents Ben Vereen: His Roots”, “Backstairs at the White House”, “Palmerstown, U.S.A.”, “A Gathering of Old Men” e “Touched by an Angel”, assim como a sua participação em “Boardwalk Empire” e “The Book of Negroes”, dois dos seus trabalhos mais recentes.
No ano passado foi o patriarca do ‘remake’ de “A Côr Púrpura”.
Em declarações à AP, Neal L. Gossett recorda, no seu primo, “um grande contador de anedotas” e também um homem que admirava Nelson Mandela e que enfrentou e combateu o racismo “com dignidade e humor”.
“Não importam os prémios, não importa o brilho e o glamour, os Rolls-Royces e as grandes casas em Malibu. O que importa é a humanidade das pessoas que ele defendia”, disse Neal L. Gossett.
Fonte: onovosapo