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JMJ/Portugal: Delegação angolana nega existência de fuga massiva de peregrinos e diz que angolanos voltarão ao País, mas admite que cinco desapareceram e não pretendem voltar

A delegação angolana que participa na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que este ano se realiza em Portugal, diz que não há fuga massiva de peregrinos angolanos, mas Bispo de Cabinda diz que cinco peregrinos angolanos estão desaparecidos não querem regressar a Luanda.

Em declarações à TSF, Belmiro Chissengueti, bispo de Cabinda, admitiu que cinco dos 106 peregrinos que desapareceram na segunda-feira são angolanos e pretendem ficar na Europa.

Guilherme da Paixão, líder da delegação angolana que participa nas jornadas religiosas, garante que o controlo dos peregrinos está a ser feito e que os peregrinos não pretendem ficar em Portugal ou na Europa, embora admita que “dois ou três angolanos desvincularam-se dos demais”.

“Até agora estamos completos e fizemos provas de vida ontem, com os passaportes, e há controlo. A delegação angolana no seu todo é de 1.518 pessoas e estamos espalhados por diversas cidades de Portugal. Só aqui em Tomar, uma cidade portuguesa, estamos mais de 500 da delegação na jornada religiosa.

A Jornada Mundial da Juventude é um evento religioso que reúne milhares de jovens católicos de todo o mundo com o Papa. Este ano a jornada acontece em Lisboa, entre os dias 1 e 6 de Agosto.

Segundo Guilherme da Paixão, a delegação angolana já esteve em Leiria e agora está na cidade de Tomar e não há qualquer intenção de fuga por parte dos peregrinos que o acompanham.

Conforme o líder dos peregrinos, o que se passou foi que algumas pessoas que viajaram pela primeira vez quiseram visitar, nos tempos livres, alguns pontos de Lisboa, de referência, e foram vistos a circular por Lisboa em massa, daí o equívoco da imprensa portuguesa”, contou.

“Viemos ver o papa e não queremos ficar aqui! Havemos de voltar”, disse Guilherme da Paixão ser esse o lema da delegação angolana que participa na jornada.

O líder dos peregrinos revelou que dois ou três angolanos não seguiram de facto com a delegação nas três jornadas que efectuaram, mas assegurou que não há registo de serem paroquianos.

“Acredito que se inscreveram para entrarem para aqui, mas terão que se ver com as autoridades portuguesas porque o visto que recebemos é apenas para a jornada e isso é temporário”, referiu.

Já o bispo de Cabinda, Belmiro Chissengueti, em declarações à TSF, admite que cinco dos 106 peregrinos que desapareceram na segunda-feira, 31, são angolanos e pretendem ficar na Europa.

“Daquilo que tenho conhecimento, são pelo menos esses cinco. A informação já está com a polícia, vamos ver o que fazer com o grupo de Leiria para que isso seja tratado pelas autoridades competentes e ajudem ao necessário seguimento”, explicou Belmiro Chissengueti.

A Diocese de Leiria-Fátima informou, ontem, que 106 peregrinos não se tinham apresentado nas paróquias onde deviam ser acolhidos, estando por isso desaparecidos.

Sobre este facto, Belmiro Chissengueti crítica a imprensa portuguesa por não detalharem as nacionalidades dos peregrinos.

“A notícia de 106 angolanos e cabo-verdianos que fugiram peca pelo facto de não ser específica. Pode ser que tenham fugido 106 angolanos e cabo-verdianos ou 105 angolanos e um cabo-verdiano, são 106 na mesma, mas é preciso especificar quantos cabo-verdianos são efetivamente, quais e quem são e quantos angolanos. Seria bom haver um certo cuidado na informação”, disse em declarações à TSF.

O bispo de Cabinda assegura que entre os peregrinos angolanos na Jornada Mundial da Juventude está tudo controlado e “na paz”.

Fonte: NJ

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