Sonho de um futuro na “tuga” leva angolanos a pagar mais de um milhão de kwanzas para a obtenção de visto. Negócio dos intermediários chega a custar 10 vezes mais do que o preço oficial. Só para agendamentos, que é grátis, negociantes cobram até 400 mil Kz. Preço é justificado com alta demanda. VSF Global admite dificuldades de vagas devido ao “volume sem precedentes” de pedidos, numa altura em que a população angolana em Portugal continua a crescer e já é uma das maiores comunidades de emigrantes.
A procura por vistos para Portugal continua a aumentar no País. Todos os dias, cidadãos de várias idades, principalmente jovens, impulsionados por factores como falta de emprego, busca por melhores condições e oportunidades de vida, bem como educação de qualidade, lotam o Centro de Vistos de Portugal, em Luanda, na esperança de obter um carimbo para emigrar para as terras lusas, porta de entrada para a Europa para muitos angolanos, sobretudo jovens.
Em contrapartida, o processo de obtenção do tão desejado visto para o “El Dorado”, através da VSF Global – órgão gestor do processo de emissão de vistos do Consulado Geral de Portugal em Luanda e de outros países – pode ser complexo, levando a que muitos jovens desesperados por “bazarem” do País na busca do sonho de um futuro promissor recorram a intermediários. Esses negociantes, aproveitando-se da situação, prometem agilizar o processo em troca de valores exorbitantes que chegam a superar um milhão de kwanzas. Este valor é superior ao custo oficial do visto, que varia de 104.500 Kz para os de curta duração ou escala aeroportuária, e 113.500 Kz para os de estada temporária e fixação de residência.
Fonte: NJ