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Guerra comercial EUA-China prejudica diversificação em Angola

A consultora EY considerou hoje que os esforços de diversificação económica de Angola e Nigéria não estão ainda a dar resultado, o que é “problemático” devido à guerra comercial entre os Estados Unidos da América (EUA) e a China.

“A evolução da Nigéria e Angola continua demasiado dependente dos preços do petróleo, e apesar dos preços terem registado uma tendência de crescimento face à primeira metade do ano, os esforços de diversificação destes países ainda são demasiado prematuros para terem já algum efeito de compensação da descida”, lê-se num relatório da consultora EY sobre o fluxo de investimento direto estrangeiro em África.

No documento apresentado no início do Fórum Económico Mundial, que começou hoje na Cidade do Cabo, considera-se que a situação é problemática, “numa altura de crescentes tensões comerciais, com a batalha entre os Estados Unidos e a China a levar provavelmente a mais fracas perspetivas de evolução económica e a uma redução do comércio entre África e os seus principais parceiros”.

O relatório, que dá conta de um abrandamento do crescimento económico da Áfricasubsaariana este ano, de 3,8% em 2018 para 2,6% em 2019, o que é largamente explicado pela evolução das economias da Nigéria, Angola e África do Sul, que em conjunto representam mais de metade da riqueza desta região, cerca de 800 mil milhões de dólares.

“Angola continuou em recessão, regredindo 1,7% no ano passado; o crescimento da África do Sul foi de apenas 0,8%, enquanto a Nigéria, em comparação, foi mais robusta, com uma expansão de 1,8%”, aponta-se no relatório.

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