Num momento em que há uma disparada nos preços dos produtos da cesta básica em todo o país, os grossistas do Moxico, entrevistados pela imprensa, alegam que a alteração de preços regista-se na fonte, em Luanda, e apontam baixa capacidade financeira para aquisição dos produtos.
Ouvido pela agência de notícias, o comerciante Hamedi Salime, de nacionalidade mauritaniana, disse que “muitos grossistas perderam a capacidade de comprar grandes quantidades dos alimentos para serem revendidos no Moxico”. Segundo ele, “alguns comerciantes não conseguem adquirir mais de 100 sacos de produtos para serem revendidos”.
Actualmente, o preço da caixa de massa alimentar naquela província está a ser comercializada por 9500 kwanzas, contra cinco mil praticado há três meses, enquanto no mesmo período, o saco de arroz de 25 kg registou um aumento de cinco mil kwanzas, custando actualmente 27 500.
O saco de farinha de trigo de 25 kg, está a ser vendido a 37 mil, contra os 29 300 praticados em Dezembro último. O preço da caixa de óleo alimentar de 12 litros, subiu de 26 mil para 27 600 neste período.
Entretanto, regista a agência, o saco de açúcar de 50 quilogramas registou ligeira descida, custando agora 62 mil kwanzas, contra os 67 mil anteriores.
“Nesta altura, produtos como a farinha de milho e o feijão estão escassos no mercado, obrigando aos comerciantes a venderem esses alimentos em quilos num preço de 1 400 kwanzas”, lamentou, Hamedi Salime, que teme ainda que nos próximos dias o estoque dos estabelecimentos venham a ficar vazios.
Por sua vez, o comerciante Mamussiri Dialo denuncia o aumento no preço do frete das transportadoras.
“O frete de um vagão do Caminhos de Ferro de Benguela do Huambo ao Luena subiu para um milhão e 200 mil kwanzas, contra os 300 mil cobrados anteriormente, enquanto nos camiões passou de um milhão e 100 para um milhão e 500 kz”, apontou.
Fonte: CK