O ministro do Interior angolano, Ângelo Veiga Tavares, desmentiu, esta segunda-feira, que a Presidência da República de Angola tenha encomendado viaturas do Brasil que carregavam droga dissimulada no seu interior, apreendida no porto de Dakar, Senegal.
“O que podemos dizer já claramente e desmentir é o facto de essas viaturas serem propriedade ou terem sido encomendadas pela Presidência da República (de Angola). A Presidência da República não fez encomenda de viaturas, não tem nenhuma ligação” ao assunto, disse.
Segundo as agências noticiosas britânica Reuters e espanhola EFE, as autoridades do Senegal anunciaram, no domingo, a apreensão de 798 quilogramas de cocaína escondida em carros transportados por um navio proveniente do Brasil e, que, supostamente, tinham como destino Angola.
O ministro confirmou ter sido apreendida a droga, dissimulada em mercadoria que se destinava a Luanda, cujo proprietário se desconhece.
“Algumas pessoas de má fé pegaram na primeira notícia e procuraram disseminar essa informação, mas a informação não é verdadeira”, sublinhou o governante, acrescentando que Angola está a trabalhar com o Senegal para o esclarecimento do caso.
A este mesmo propósito, Ângelo Veiga Tavares anunciou que o gabinete angolano da Interpol está a interagir com o homólogo do Senegal, e que uma equipa do Serviço de Investigação Criminal (SIC) parte esta terça-feira para Dakar, a fim de trabalhar para o esclarecimento do caso.