Quando só faltam 13 dias para o fim da subvenção dos cartões de subsídio à gasolina, o Executivo, através da Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), e as associações de taxistas, sentam-se à mesa esta quarta-feira,17, discutirem o futuro preço do táxi que entrará em vigor a partir da meia-noite de 01 de Junho, soube à imprensa.
Os taxistas não revelaram ainda, ao certo, qual é a sua real proposta de preço, mas já anunciaram que o mesmo não será acima dos 300 kwanzas, o preço de 1 litro de gasolina, após garantias do Governo de que o litro da gasolina não sofrerá alterações até ao final do ano em curso.
A verdade é que depois do dia 30 deste mês, os “azuis e brancos” vão passar a cobrar acima dos 150 kz, embora nos encurtamentos de rotas a população já paga acima desse valor.
A imprensa sabe que o futuro preço do táxi fixará entre 250 a 300 kz, nada mais do que isso, conforme confidenciaram fontes das associações.
Mas os taxistas querem ouvir esta quarta-feira da ANTT, qual é então a proposta do Executivo.
As associações dos profissionais deste sector, como à imprensa noticiou a semana passada, já anunciaram que, sejam quais forem as condições, os preços da corrida não serão superiores ao preço do litro de gasolina, por conta da garantia do Governo de não subir os combustíveis nos próximos meses.
O Executivo pediu às associações de taxistas que apresentem, até ao próximo dia 20, propostas para futuros preços da corrida que o Governo irá oficializar depois do dia 30 deste mês de Abril.
Mas isso não evita aquilo que pode ser um sério problema, porque, num dos cenários que os profissionais têm pela frente, e foram convidados a analisar, o preço da gasolina seria de 800 kz por litro, embora se trate apenas de um cenário e não de uma qualquer decisão já tomada.
No primeiro cenário, a Agência Nacional dos Transportes Terrestres, órgão do Ministério dos Transportes, pede às associações que façam uma avaliação do preço da corrida a 300 kz, o litro da gasolina.
No segundo, a 350 kz/, no terceiro a 400 kz… chegando ao oitavo cenário, visto como mero exercício, a 800 kz por litro da gasolina, sem que em nenhum dos casos sejam estabelecidas datas.
Todavia, algumas associações não compreendem por que razão o Executivo lhes pede para apresentarem propostas neste cenário, uma vez que ainda não há previsão, por enquanto, de uma eventual alteração.
Mas garantem que farão chegar ao Governo, esta quarta-feira, tal como solicitado, as propostas nestes cenários.
As associações não revelaram exactamente qual será a proposta certa a ser levada, mas sabe-se já de antemão que não vai ultrapassar aos 300 kz, que é o preço actual do litro da gasolina, conforme a garantia da Associação Nacional dos Taxistas de Angola (ANATA).
As associações de táxis afirmam que, em função da garantia do Governo, o litro da gasolina não sofrerá alteração depois deste mês, na sua proposta o preço do táxi terá uma subida ligeira que não afectará as famílias.
População espera que preço se fixe nos 200 kwanzas
Apesar de já ser do conhecimento da população de que o táxi irá subir, as pessoas esperam que o futuro preço seja de 200 kwanzas, e não acima disso.
“Se for 200, aí tudo bem, ninguém irá escandalizar-se, mais do que isso será um escândalo e todos nós sabemos”, disse o cidadão Ângelo da Silva, morador no Zango.
Pensamento idêntico ao de Ângelo da Silva têm os cidadãos Amaro Neto, Gildo Matias e João Ngunza, com quem à imprensa conversou, no Golf II.
Antónia Miranda, funcionária pública e moradora em Viana, diz que actualmente as pessoas já pagam 200 kz, pelo táxi, embora seja oficialmente 150, e sugere que o preço de 200 seja oficializado pelo Governo para não prejudicar demasiado as pessoas.
“Porque se oficialmente for 200, com a especulação e linhas curtas ficará a 300, até aí aceita-se, mas do que isso será o fim das famílias e não sei o que será deste País”, descreveu.
Catarina Miguel, Paulino Duarte, Teodorico Faustino, outros interlocutores com quem à imprensa conversou, asseguram que se o preço for acima dos 200, as famílias não terão capacidade financeira para suportar as despesas com os transportes.
Fonte: NJ