Uma cidadã de 37 anos de idade que morava ao longo da Sétima Avenida, entre o bairro do Curtume e Kalawenda, município do Cazenga, que em vida respondia pelo nome Madalena António Diogo, morreu sem motivos aparentes, depois de estar a “conviver” com as irmãs, no domingo, 21, na praia da Barra do Dande.
Uma morte envolta de mistério, com Marlene, a malograda, a ser a principal protagonista. De acordo com a irmã mais velha, Marlene sentia dor do estômago na quarta-feira, 17, e decidiu ir a um posto médico para ser tratada, obviamente.
O médico passou uma receita, mas a irmã disse desconhecer se a malograda tomou os remédios receitados.
No domingo, 21, duas das irmãs da falecida decidiram ir visitar uma outra irmã que reside na Barra do Dande, próximo da praia.
Apesar das dores, Marlene não quis ficar sozinha e decidiu ir com as irmãs. Já no local do convívio, comeram funge acompanhado de um bom calulú.
Estava calor e, para se livrarem dele, decidiram beber algumas cervejas. Marlene tinha recebido orientações médicas para, durante o tratamento, não ingerir bebidas alcoólicas.
No entanto, não resistiu à tentação e bebeu três cervejas, segundo as irmãs.
Não tardou, a dor do estômago voltou e ela disse sentir também uma sensação de quentura no coração.
Para tentar aliviar a dor, bebeu um litro e meio de água, mas debalde. O estado de saúde de Marlene começou a ser pintado de negro.
Já na segunda-feira, 22, devido ao estado crítico que apresentava, levaram-na ao Hospital Municipal do Cazenga (Somangue) Poucos minutos depois, a família foi informada pelo médico que a sua ente-querida tinha ido a óbito.
Bernarda Barros, tia, disse que a malograda nunca teve problemas de estômago.
“Fui eu quem a criou, pelo que tenho a certeza que ela nunca sofreu de dor do estômago”, asseverou.
A mesma informação é partilhada pela irmã Princi, para quem a sua irmã, desde que a conheceu, nunca teve esse problema.
“No hospital, ela vomitou muita água mesmo”, contou. Lembra que no dia 9 Janeiro do ano em curso, foi vista pela enteada de sua tia Bernarda, num bar a conviver com a sua amiga Neca, a aniversariante daquele dia.
Conta que no bar não notou nada estranho. Aliás, lembrou, quando ela se levantou para ir ao quarto de banho levou a cerveja, para além de que toda bebida que chegava à mesa vinha fechada.
O tio da malograda ressaltou que a convivência entre as irmãs era salutar, descartando, para já, a hipótese de ter sido envenenada durante o convívio na Barra do Dande.
Apesar de ser uma morte estranha, no entender da família, o tio deixou patente que no que se refere à autópsia, a família tenciona não realizá-la por ser uma questão que leva muito tempo.
“Nesta altura, a família está com o pensamento focado na realização do acto fúnebre”, simplificou.
Fonte: Na Mira Do Crime