A Empresa Nacional de Seguros e Resseguros de Angola (ENSA), que de acordo com o Secretário de Estado das Finanças e Tesouro, Ottoniel dos Santos, deverá ser privatizada até Novembro deste ano, tem nos últimos anos perdido quota de mercado.
Apesar da diminuição de sua robustez, permanece à frente de seus concorrentes, mas tal, como mandam as regras de mercado, podem concorrer no preço em que poderá ser vendido, embora seja comercializado por via Bolsa de Valores.
De referir que os dados de recuo do valor de mercado da ENSA, constam da 1ª edição do estudo denominado ‘Angola Insurance Outlook’, levado a cabo pela EY em colaboração com a Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG).
Numa perspectiva cronológica, o documento aponta que em 2019, a companhia liderada por Mário Mota Lemos, detinha 35% da quota de mercado, numa altura em que havia encaixado em termos de prémios brutos, cerca de 63,7 milhões de kwanzas.
Em 2020, viu sua quota ascender para 37%, uma cifra que acabou por cair para 35% em 2021, e 30% em 2022.
Enquanto a ENSA vai ‘tombando’, a Nossa Seguros vai reforçando sua posição. Em 2019, a seguradora ligada ao Banco Angolano de Investimento (BAI) representava apenas 10% de quota de mercado, e ascendera um ponto percentuais para 11% no ano seguinte
Portanto, nessa altura, a Fidelidade e a Sanlam Seguros rivalizavam quem vinha a seguir a ENSA, mas ambas acabaram ultrapassadas pela Nossa Seguros, sob administração de Alexandre Correia.
No ano económico de 2021, a ‘Nossa’ viu sua quota de mercado aumentar para 13%, e 14% em 2022, tendo a Fidelidade e a sul-africana Sanlam, ocupado 12 e 11% da quota do mercado.
De referir que, embora esteja a perder terreno, a ENSA até ao momento a única seguradora angolana na lista das 100 mais robustas de África, de acordo com o último ranking do continente.
As novidades do plano de sua privatização foram feitas na passada sexta-feira, 06, em Luanda, durante a 4.ª Reunião Ordinária da Comissão Nacional Interministerial para o Programa de Privatizações (CNI-PROPRIV), orientada pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano.
O evento, entre outros objectivos, serviu de análise do Balanço do referido programa desde a sua implementação em 2019, assim como de algumas acções internas relativas à tramitação de activos a serem privatizados e optimizados dentro do PROPRIV.
Fonte: CK