A manutenção do alto nível da taxa de juros directora nos EUA favoreceu o dólar. No mercado petrolífero, os preços do barril mantém-se acima dos 80 dólares devido a tensões geopolíticas e expectativa de aumento da procura.
A moeda norte-americana esteve a valorizar esta semana, depois dos comentários de um membro da Reserva Federal (Fed) que sugerem que a taxa de juros directoras poderá continuar alta por mais tempo para controlar a inflação. O Índice Bloomberg, que compara evolução do dólar face a um cabaz de 10 principais moedas, crescia perto de 1% até quarta-feira.
No mercado petrolífero, o preço do West Texas Intermediate (WTI) em nova York registava uma ligeira descida 0,06% para 81,57 por barril, enquanto, o Brent em Londres valorizava 0,72% para 85,68 dólares por barril. Apesar da divergência dos preços nos dois mercados, a prevalência acima dos 80 dólares por barril tem sido suportada pelas tensões geopolíticas e boas expectativas em relação à procura. As acções europeias estiveram a valorizar, com os investidores a anteciparem que o Banco Central Europeu poderá reduzir mais duas vezes a taxa de juros este ano, para proteger a actividade económica. O apetite ao risco dos investidores aumentou depois de um dos membros do BCE ter reforçado esta expectativa de mais cortes de juros, contrariando as indicações de continuidade dos juros altos nos EUA.
O Euro Stoxx 600 principal referência do continente ganhava 0,40% para 517,07 pontos. O DAX da Alemanha valorizava 0,37% para 18199,3 pontos e o FTSE 100 do Reino Unido subia 0,76% para 8253,28 pontos.
Nos EUA, o principal índice bolsista S&P 500, perdia 0,07% para 5469,3 pontos, impulsionado fundamentalmente pelo índice tecnológico Nasdaq, que perdia 0,78% para 17717,65 pontos. Por outro lado, o Dow Jones Industrial ganhava 0,86% para 39112,16 pontos.
No segmento dos metais preciosos, o ouro desvalorizava cerca de 0,89%, para 2.308,64 dólares por onça, enquanto a prata recuava 2,18%, para 28,89 dólares por onça. Nas commodities agrícolas, o cacau caia cerca de 15,63%, o milho cedia 5,08%, o trigo perdia 6,09% e a soja quebrava 1,55%.
Por fim, a expectativa de cortes juros na Europa, aumentava o apetite ao risco dos investidores que preferiam investir em acções em detrimento das obrigações. A “yield” das Bunds alemãs com maturidade a 10 anos, referência para a região, crescia 2,4 pontos base para 2,430%. Já a rendibilidade da dívida espanhola avançava 2,8 pontos base para 3,294% e a da dívida soberana italiana crescia 1,6 pontos base para 3,936%. Por sua vez os juros da dívida francesa subiam em 2,8 pontos base para 3,190%.
Fonte: Expansão