Sonangol garante, no entanto, que tem uma estratégia que poderá estender-se até 2030 para cobrir as novas localidades. Plano passa pela construção de postos de baixo custo nos municípios “com uma procura reduzida”. Pumangol declara seguir o mesmo caminho.
As empresas de venda de combustíveis afirmam não estarem “interessadas” na abertura de postos de abastecimentos (PAs) nos novos municípios, criados através da nova divisão administrativa, argumentando que, além de não serem rentáveis, muitos desses novos territórios apresentam sérios problemas de mobilidade, face ao mau estado das vias de acesso.
“Nesses municípios há vários problemas. Primeiro, o de rentabilidade, um parque vende em média 60 a 100 metros quadrados por mês, não é atraente. Depois temos o desafio da entrega do produto. Um posto está numa localidade a 300 quilómetros de um centro de enchimento, o custo de transporte para levar o produto lá é elevado”, afirma Alice Simões, directora dos serviços corporativos da Sonagalp.
A mesma resposta foi dada ao Valor Económico pelos representantes da Total Energies, Etu Energias e pela Pumangol, durante a apresentação do balanço das actividades do sector dos derivados do petróleo do 3º trimestre de 2025. Estas dificuldades estão entre as principais razões para que em algumas zonas do país os postos de abastecimentos estejam fechados.
Fonte: VE



