As quedas nas bolsas foram agravadas com resultados abaixo do esperado de empresas cotadas. Gigantes tecnológicas como a Alphabet, Amazon, Apple, Meta, Microsoft, NVIDIA e a Tesla registaram quedas superiores a 10%.
As principais bolsas de valores do mundo acumularam perdas significativas na última semana. Nos Estados Unidos, o índice tecnológico Nasdaq recuou 4,55% e o industrial Dow Jones perdeu 4,28%. Na Europa, o índice alargado Euro Stoxx 600, desceu 3,66%. Já na Ásia, as maiores perdas foram registadas nos índices do Japão, numa semana em que o Topix recuou mais de 9%, seu pior desempenho desde 1987.
A pressionar as bolsas, estiveram os receios de que a economia norte-americana possa estar a caminho de uma recessão, depois de se conhecerem os dados do mercado de trabalho referente ao mês de Julho. A taxa de desemprego subiu para 4,3%, um aumento de 0,2 pontos percentuais face a Junho. Trata-se da taxa mais alta desde Outubro de 2021, de acordo o Departamento do Trabalho do País. Esta evolução do mercado de trabalho pode aumentar a pressão sobre a Reserva Federal (Fed) relativamente à perspectiva de corte da taxa directora.
Adicionalmente, a desvalorização das bolsas nesta semana reflecte os resultados abaixo do esperado das empresas cotadas no segundo trimestre. Destacam-se as quedas nas acções de grandes empresas como a Alphabet, Amazon, Apple, Meta, Microsoft, NVIDIA e a Tesla, que recuaram mais de 10% no início da semana.
A preocupação com o desempenho do mercado laboral dos Estados Unidos da América também afectou as negociações do mercado petrolífero, com as cotações do crude a recuarem para mínimos de Janeiro deste ano. O West Texas Intermediate, referência para os EUA, perdeu 1,10% para 73,54 USD por barril, enquanto o Brent de Londres desvalorizou 3,15% para 76,81 USD por barril.
Entretanto, as perdas nos preços do barril foram atenuadas pelas preocupações em relação à possibilidade de intensificação do conflito no Médio Oriente. Por outro lado, a maior jazida de petróleo da Líbia, com uma capacidade de produção de 300 mil barris dia, suspendeu totalmente a produção por tempo indeterminado, o que alimentou receios de diminuição da oferta.
Por fim, realça-se que, esta semana, o Banco da Inglaterra cortou a sua taxa de juro directora em 25 pontos bases para 5%, a fim de cumprir o objectivo de inflação de 2% e, ao mesmo tempo, apoiar o crescimento económico e o emprego.
Fonte: Expansão