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Depois de alertar para o elevado desemprego jovem, que “ameaça a estabilidade económica e social futura”, Banco Mundial empresta 300 milhões USD a Angola

O Banco Mundial (BM) vai emprestar 300 milhões de dólares norte-americanos a Angola para o projecto de aceleração da diversificação económica e criação de emprego, depois de, em Fevereiro, ter alertado para a taxa de desemprego jovem em Angola, cenário que “ameaça a estabilidade económica e social futura” do País.

Segundo o despacho presidencial que autoriza a ministra das Finanças, Vera Daves, a assinar o acordo de financiamento este empréstimo visa apoiar o desenvolvimento do sector privado para promover a criação de emprego e a diversificação económica no sector não-petrolífero.

De acordo com o relatório elaborado pelo Banco Mundial, que alertava para a “significativa percentagem de 22% da população jovem desempregada”, em Angola existem hoje 9,1 milhões de empregos, mas mais de metade são por conta própria, e, na maior parte dos casos, trata-se de trabalhadores independentes ou não remunerados. Na última década foram criados 3,5 milhões de empregos, mas a maioria foi nos sectores da agricultura e comércio de baixa qualidade.

Ainda de acordo com o documento do BM, Angola contabiliza 14,1 milhões de pessoas em idade activa e 9,1 milhões de postos de trabalho criados. Desses, 5,5 milhões são trabalhadores independentes ou não remunerados e 2,8 milhões trabalham no sector privado e público (20% privado e 11% no público).

O documento “Oportunidades, Desafios e Orientação de Políticas Públicas”, cujas conclusões foram avançadas, em Fevereiro, realça igualmente que a maioria dos 3,5 milhões de novos empregos são de baixa qualidade.

Na última década, segundo o estudo, foram criados “2,7 milhões de empregos nos sectores da agricultura e comércio de baixa qualidade”.

O relatório, elaborado com o apoio do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP) angolano, ressalta que a “população jovem no país não está a ser suficientemente absorvida pela força de trabalho”, o que “ameaça a estabilidade económica e social futura de Angola”.

Fonte: NJ

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