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Delegada do SINSE suspeita de mandar raptar quatro cidadãos

A nova delegação do Serviço de Inteligência e Segurança de Estado (SINSE) na província do Huambo, está a ser identificada como a entidade que deu instruções ao SIC para o rapto de quatro ativistas na madrugada de sábado, invadindo a propriedade dos visados, em violação a lei (crimes contra a liberdade individual e privacidade).

Os quatro ativistas foram emboscados em suas casas na cidade do Huambo quando eram 4h da manha de sábado, resultando nos seus raptos ocorrido sem apresentação de algum mandato de detenção. Primeiro os agentes levaram os ativistas identificados por Junilson Capoco e José Esprajel. Em casa de Esprajel, os agentes do SIC que realizaram o assalto da propriedade, terão batido a porta e por falta de recepção entraram pelo teto da casa, que foi arrancado. O ativista José Esprajel, notar que estava a ser procurado, trancou-se num dos quartos e só se rendeu depois de os assaltantes do SIC terem feito disparados com as suas armas de fogo.

Por volta das 10h da amanha do mesmo dia, um outro ativista Sabino Tchanja, e um outro de nome Jaime Fernando foram também levados de suas próprias casa, para uma esquadra da Polícia Nacional.

A  nível da cidade do Huambo as  versões divergem. Alguns agentes da Policia Nacional alegam que os jovens foram levados por suspeitas de que iriam promover uma manifestação de “incitação a rebelião”. Outros alegam que apesar de os jovens terem sido levados no sábado, as autoridades não soltam pessoas nos finais de semanas pelo que o SIC deverá pelas orientações da delegada do SIC.

Segundo apurou à imprensa, há igualmente relatos de que depois desta operação as forças de segurança estão com posições divergentes, já que as famílias dos visitas acusam, a Polícia nacional, como autora do rapto dos jovens. A PN por sua vez alega terem sido agentes do SIC, e os responsáveis deste órgão de investigação justificam que apenas materializam detenções conforme uma alegada orientação da nova delegada do SINSE.

De realçar que há 11 anos, oficiais do SIC e o SINSE, m divergências no seguimento da realização de uma operação conjunta que resultou em mortes. O SIC-Luanda em parceria com oficiais guarda da sede do MPLA, assassinaram os ativistas Alves Kamulingue e Isaías Cassule, que haviam anunciado a realização de uma manifestação para exigir os subsídios dos antigos combatentes. Ao serem levados a tribunal, os assassinos alegaram que receberem orientações do SINSE. Os responsáveis do SINSE por sua vez, limparam as mãos da referida operação de assassinato  dizendo que não mandavam no SIC.

Em 2022, durante uma trabalho conjunto o então delegado provincial do SINSE no Huambo, Faustino de Jesus João, declarava que “O SIC e o SINSE são como irmãos gêmeos razão pelo qual estão condenados a caminhar juntos sempre. A cooperação de trabalho, gera sempre resultados positivos, com estes dois Órgãos a caminharem juntos e não haverá sossego para os inimigos da paz e do bem-estar”.

Fonte: CK

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