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Criminalidade transnacional discutida esta terça-feira em Luanda na 26ª conferência africana da Interpol

O novo paradigma que o continente africano quer adoptar no combate ao crime organizado será discutido esta terça-feira, 03, em Luanda, na 26ª Conferência Regional Africana da Organização Internacional de Polícia Criminal (INTERPOL), que vai traçar estratégias para os desafios actuais da criminalidade transnacional.

Mais de 350 altas patentes de distintas polícias de África vão discutir, entre vários temas, a aplicação de leis sobre o terrorismo, cibercrime, crime financeiro e corrupção, furto e roubo de viaturas, tráfico de seres humanos e pirataria marítima.

O porta-voz da comissão técnica preparatória do evento, o superintendente-chefe de Investigação Criminal Manuel Halaiwa, explicou que a reunião vai decorrer em Angola na sequência do acordo rubricado com esta Organização Internacional de Polícia a 19 de Outubro do ano passado, à margem da 90.ª Assembleia-Geral da instituição, que aconteceu em Nova Deli, na Índia.

Segundo o porta-voz, as intervenções das autoridades angolanas vão centrar-se no combate no tráfico de seres humanos, corrupção e crime financeiro.

O comandante-geral da Polícia Nacional angolana, Arnaldo Carlos, vai apresentar um retrato da criminalidade em Angola e soluções para a combater, enquanto o director-geral do Serviço de Investigação Criminal, António Paulo Bendje, vai falar sobre a experiência de Angola na luta contra o tráfico humano.

A directora do Serviço Nacional de Recuperação de Activos da Procuradoria-Geral da República, Eduarda Rodrigues, vai falar sobe o confisco e recuperação de bens.

O secretário-geral e representantes da Afripol, mecanismo da União Africana para a cooperação policial e da Comunidade Económica e Monetária da África Central (CEMAC), Jürgen Stock, está presente nesta conferência.

Esperança da Costa, a vice-Presidente da República, vai presidir à sessão de abertura, que vai contar com ainda com o presidente da Interpol, Ahmed Nasser Al-Raisi.

Está conferência vai contar com a participação de 350 delegados de países africanos, assim como representantes dos EUA, Canadá, Grã-Bretanha, Austrália, Qatar, Sérvia, Guatemala e Brasil.

A Interpol é uma organização que facilita a cooperação policial mundial e o controlo do crime, foi fundada em 1923 como Comissão Internacional de Polícia Criminal.

Esta organização ajuda a coordenar a cooperação entre as instituições policiais do mundo por meio de bancos de dados criminais e redes de comunicação.

Fonte: NJ

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