Inaugurada a 11 de Julho de 2011, pelo ex-Presidente da República, José Eduardo dos Santos, primeira centralidade angolana exibe actualmente “sinais preocupantes” de degradação, explicados com a falta de manutenção e com as falhas constantes no acesso a serviços básicos. Administração local garante estar em curso um plano de manutenção.
Antes considerada ícone de modernidade e desenvolvimento, a Centralidade do Kilamba, habitada desde 2012, revela hoje um quadro de elevada degradação da estrutura de muitos edifícios que já apresentam fissuras. A deficiente iluminação pública em muitas das principais vias e os cortes no fornecimento de água constam dos problemas, além do rebentamento de esgotos e ruas intransitáveis.
À entrada deste projecto habitacional, na Avenida Comandante Pedalé, é possível avistar também grandes quantidades de terrenos baldios, muitos dos quais a servirem como depósitos de lixo, sem esquecer os assaltos que neles acontecem, até à luz do dia, como contam algum moradores. “Às vezes, acontecem assaltos aqui mesmo de dia. Quem passa por aqui, se não for desmontado é sorte”, conta Odeth Kiala, moradora do quarteirão C.
Em termos de degradação, algumas ruas e avenidas, às vezes, são ‘engolidas’ pelas águas residuais, devido à obstrução de várias condutas de saneamento. À medida que as águas vão transbordando, deixam alguns quarteirões com mau cheiro, que é sentido mesmo à distância não apenas por transeuntes, mas também, e principalmente, pelos moradores, constituindo um atentando à saúde pública.
Fonte: AN