
O julgamento do mediático “caso Kopelipa” continua a decorrer, à porta-fechada, no Tribunal Supremo (TS). e prosseguem as audições dos declarantes arrolados no processo. Esta semana terminou o interrogatório ao antigo administrador financeiro da Sonangol Imobiliária e Propriedades (SONIP), Francisco de Lemos, que em juízo não abordou, nem foi “espremido” sobre os carregamentos do petróleo desviado da Sonangol para China, e cujo dinheiro nunca entrou para os cofres da Sonangol, como refere a acusação do Ministério Público (MP).
O julgamento do mediático “caso Kopelipa” continua a decorrer, à porta-fechada, no Tribunal Supremo (TS), e prosseguem as audições dos declarantes arrolados no processo. Esta semana terminou o interrogatório ao antigo administrador financeiro da Sonangol Imobiliária e Propriedades (SONIP), Francisco de Lemos, que em juízo não abordou, nem foi “espremido” sobre os carregamentos do petróleo desviado da Sonangol para a China, e cujo dinheiro nunca entrou para os cofres da Sonangol, como refere a acusação do Ministério Público (MP).
Em tribunal, o antigo administrador financeiro da SONIP apenas prestou esclarecimentos sobre o acordo firmado entre a Sonangol e a China Sonangol International (CSI).
O declarante disse simplesmente em tribunal, quando questionado, segundo descreveram fonte ligadas ao processo, que não é anormal o pagamento dos carregamentos de petróleo não ter entrado nas contas da Sonangol.
Sobre os desvios e os porquês do não pagamento à Sonangol, tanto o MP como o próprio tribunal não questionaram o declarante para verem esclarecido esse quesito.
A acusação afirma que houve um período em que os arguidos, “em conluio com os chineses” desviaram vários carregamentos de petróleo de Angola para a China, e que esses valores não entravam nos cofres do Estado.
Em tribunal, o Ministério Público avançou que a Sonangol, empresa pública, não recebeu o pagamento pelo petróleo que vendeu à China durante três anos.
Os carregamentos feitos para a China, segundo o MP, ficaram com a empresa China Sonangol International Holding Limited.
As declarações prestadas pelos declarantes, em sede de julgamento, são fundamentais para a descoberta da verdade material do julgamento justo.
Os dois generais, Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa” e Leopoldino do Nascimento “Dino” eram homens de confiança de José Eduardo dos Santos, antigo Presidente da República, falecido em 2022, em Barcelona, Espanha, e são acusados da prática dos crimes de peculato, burla por defraudação, falsificação de documentos, associação criminosa, abuso de poder.
Kopelipa foi chefe da Casa Militar do Presidente da República, enquanto, Dino foi chefe das comunicações da presidência.
Fonte: NJ