O preço dos bilhetes de passagem na rota aérea entre Luanda e Cabinda poderá conhecer uma redução nos próximos tempos. A informação foi avançada pelo ministro dos Transportes, Ricardo Viegas D’Abreu, quando respondia às questões dos deputados à Assembleia Nacional, no quadro da auscultação dos governantes sobre a proposta do Orçamento Geral do Estado 2025.
Os deputados Pedro Sebastião e Berta Marciano afirmaram que são várias as reclamações que os cidadãos, sobretudo de Cabinda, reclamam tanto da tabela de preços dos bilhetes praticados pela TAAG na rota Luanda/Cabinda, quanto do número de voos disponíveis para a ligação dos dois pontos do país.
Ao tomar da palavra, o ministro Ricardo D’Abreu garantiu que decorre, neste momento, um estudo para rever o Decreto Presidencial sobre a situação, de modo a melhorar a acessibilidade da província de Cabinda, através da redução da actual tarifa vigente na TAAG.
“Nós estamos nesta altura a fazer a revisão desse mesmo Decreto Presidencial para actualizar algumas das suas condições e, eventualmente, teremos aí alguma alteração nessa tarifa”, disse sublinhando que a rota Luanda/Cabinda/Luanda é a tarifa mais baixa do mercado e no continente.
Segundo o governante, este facto transformou a província de Cabinda no maior destino aéreo nacional, a julgar pelos actuais quatro voos diários que a companhia aérea de bandeira tem.
O ministro afirmou também que o governo está aberto e disponível para licenciar mais empresas, sobretudo privadas que estejam interessadas a explorar a rota, de modo a reduzir a pressão à TAAG.
“Ponte aérea não é vocação da TAAG, portanto, a ponte aérea pode ser vocação de um operador privado que queira ter uma aeronave no [aeroporto] 4 de Fevereiro ou agora no Novo Aeroporto Internacional de Luanda a encher e poder levar os passageiros até Cabinda e estamos totalmente disponíveis para poder autorizar esse licenciamento”, garantiu.
Desde a entrada em funcionamento, a 10 de Novembro, acrescentou o ministro, do novo Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto já viajaram para Cabinda, mais de 11 mil passageiros, em 130 voos comerciais.
“É um fenómeno, que deriva exactamente desta questão preço, que tem sido bastante favorável, mas é uma experiência que também nos pode ajudar a reflectir sobre outros destinos que temos a nível nacional…”, concluiu.
Fonte: CK