“Envolvimento da UNITA em actos de corrupção deixa partido sem acção para fazer oposição”. A afirmação é do politólogo Luís Paulo Ndala.
O académico disse que a UNITA, “independentemente do que esteja a defender na estratégia política, é perfeitamente normal, mas, perdeu alguma rede também, porque a bandeira do Presidente João Lourenço sobre o combate a corrupção tem estado a afectar o galo negro”, referiu em declarações à imprensa.
Disse também que durante a campanha eleitoral de 2022, “viu-se indivíduos gurus”.
“No passado quem tinha práticas corruptivas, outrora tidas como práticas dos dirigentes do MPLA, associaram-se ao Galo Negro e deixaram o perfume de marimbondagem”, o que considerou de lamentável.
Esses factos têm criado alguma tendência de letargia da UNITA se posicionar, “de fazer aquela oposição crítica que era característica da UNITA de Samakuva. Era mais contundente em matéria contra a corrupção, mas, segundo o académico, nos últimos anos, sobretudo com a chegada de Adalberto Costa Júnior, “tudo caiu por terra”.
O especialista disse esperar que o partido fundado a 13 de Março de 1966, consiga se reencontrar na dimensão que se pretende.
“”Será bom para a democracia, aqueles que são da UNITA vão apresentar as melhores propostas para a estratégia governativa”, concluiu.
De recordar que no sábado, o partido disse que o processo de reconciliação interna e o lançamento do novo cartão de membro em formato digital poderão marcar o ponto mais alto do 58° aniversário da UNITA, a assinalar no dia 13 de Março, sob signo “Mobilização nacional para as autarquias”.
Fonte: CK