
No inquérito sobre a confiança do consumidor são colocadas questões aos agregados familiares sobre poupança e expectativas sobre a aquisição de um bem valioso, como casa ou carro.
Em resposta à questão “Pensa comprar um carro nos próximos 2 anos?”, 61 em cada 100 inquiridos afirmaram que não vão comprar, 28 disseram que provavelmente não, 11 apontam que “Provavelmente sim”, e 3 disseram “Sim, com certeza absoluta”, ou seja, apenas 3 em cada 100 angolanos pensam, efectivamente, comprar carro nos próximos dois anos.
O péssimo sentimento das famílias sobre a aquisição de uma viatura nova deve-se à degradação da sua posição financeira, já que acreditam que a situação económica do País nos próximos 12 meses será mais negativa (ler texto principal), o que afecta o mercado automóvel. Só para se ter uma ideia, em 2024, a venda de carros novos caiu 34% para apenas 4.484 veículos, segundo dados da ACETRO, como resultado da fraca procura, bem como das dificuldades de importação, uma vez que a taxa de câmbio face ao dólar registou o valor mais alto sempre no ano passado.
Os angolanos que participaram no inquérito apontam as viaturas pessoais como bens necessários, tendo em conta as dificuldades de locomoção que os cidadãos enfrentam, num cenário caracterizado por filas enormes e má prestação dos serviços de transporte público.
Fonte: Expansão