No conjunto do continente africano, Angola detém a terceira posição entre as economias mais inflacionadas,apenas atrás do Malawi (34,3%) e da Nigéria (32,7%). Já, entre os maiores produtores de petróleo no continente, é o segundo mercado com os preços mais elevados.
A inflação em Setembro fixou-se em 29,93% e, embora sinalize uma redução de 0,6 pontos percentuais em relação ao mês anterior, continua a ser das mais altas do mundo, superando inclusive a de países em guerra e/ou alvos de sanções e embargos do Ocidente como a Ucrânia (8,6%), Rússia (8,6%) e a Venezuela (25,75%)
Se a comparação restringir-se às comunidades regionais ou culturais de que Angola faz parte a diferença continua a ser abismal, incluindo em relação a países desprovidos de recursos naturais.
A nível da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), por exemplo, a inflação angolana suplanta todas ainda que somadas, visto que, dos integrantes que têm dados estatísticos divulgados, todos têm a taxa abaixo dos dois dígitos. Macau é o membro desta comunidade com a taxa mais baixa, nos 0,59%, seguida de Cabo Verde com 1%, Portugal com 2,07%, Moçambique com 2,45% e Brasil com 4,42%.
Mesmo comparativamente aos países que só têm publicado os dados referentes a Agosto, a subida generalizada de preços no mercado angolano é galopante. São Tomé e Príncipe registou, no período, inflação de 12%, a Guiné Bissau ficou pelos 3,8% e Timor-Leste registou 1,8%.
Fonte: VE